Desabafo.

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— Esse lugar tá ocupado? — Draco aparece por trás das estantes.

Arrasto a minha cadeira dando mais espaço para ele.

— Fiquei sabendo que você me defendeu... Obrigada. — falo depois de um tempo, ele dá de ombros.

— Eu sei que você não tem nada a ver com isso tudo.

— Por que eu sou uma fadinha lufana patética? — pergunto com humor, lembrando da nossa primeira conversa.

Ele sorri, e que sorriso, seus dentes brancos e aliados, passo a mão no meu pescoço, e volto a escrever rapidamente.

— Eu te deixo nervosa? — ele pergunta encarando meus olhos, e depois minha boca.

— Por que deixaria?

— Não sei... — seu sorriso agora era malicioso.

— Isso não vai funcionar comigo.

— Isso o que? — ele se debruça na mesa.

— Você sabe do que eu tô falando.. todas as garotas que não te odeiam são "apaixonadas" por você, sem contar as garotas que te odeiam, porque são apaixonadas por você!

— Não é verdade.

Olho em volta disfarçadamente. Aponto com a cabeça a garota sentada perto da janela, alta, pele clara, olhos verdes, cabelo comprido com luzes.

— Taylor Coleman, terceiro ano, Corvinal, vive falando mal de você, mas a verdade é que, ela ainda sofre por saber que você ficou com a ex-melhor amiga dela, a Akame, aquela japonesa da sua casa.

— Ela é gata. — ele lança um olhar galanteador pra ela. — Uma pena elas terem brigado por mim, eu podia muito bem ficar com as duas.

— Nojento. Mas aí que tá, você não foi o motivo. — sorrio ao ver a expressão dele, seu ego estava sendo pisoteado.

— Não? Como não? — ele fica indignado.

— A Akame é bissexual, e ela gosta da Coleman, e quando a mesma recusou ela porque estava querendo você, a Akame se revoltou e beijou você antes dela, como se fosse uma vingança.

— Mas... a Akame?! Eu fui usado... — ele fala baixo processando. — Como você sabe de tudo isso? Aconteceu ano passado.

— Eu tenho as minhas fonte. — dou de ombros.

Em outras palavras, eu tenho uma raposa muito fofa e curiosa.

Malfoy cruza os braços emburrado, e começa a ler o livro sobre poções.
Quando eu já estava na última linha do trabalho de transfiguração, Draco fecha o livro dele e enrola o pergaminho.

— Ainda tá bravinho? — pergunto.

— Não estou bravo!

— Respondeu Malfoy furioso. — digo rindo.

— Não tenho motivo, eu sou bonito, charmoso, rico... Todos querem ser eu. — sinto uma pontada de amargura na sua voz.

Ele guarda o livro e começa a sair da biblioteca, arrumo minhas coisas rápido e vou atrás dele.

— Ei, quer conversar? — coloco a mão no ombro dele, fazendo ele diminuir o passo.

Andou malhando, Malfoy?

— Quem sabe outra hora.

A Luna para perto de nós, sua roupa, seus braços, e até um pouco do cabelo estava com terra, e carregava uma cesta cheia de flores.

— Olá. — ela sorri para o Draco e abana a mão, ele franzi o cenho, mas faz o mesmo, e desce as escadas. — Estava pegando flores com a Ki. Você sabia que tem um cachorro perdido na floresta? — ela me conta com pena, sinto meu coração parar.

𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽Onde histórias criam vida. Descubra agora