𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽

"Aldeia."

Edward Stenton.

— Filha da... — esbravejo, chuto os ossos ao meu lado antes de terminar o xingamento.

Olho a floresta a minha volta, e passo a mão pelos meus cabelos. Essa hora ela já deve estar bem longe, isso se não aconteceu nada com ela. Não posso acreditar que aquela doida me drogou, quando finalmente estávamos nos dando bem.

Preciso encontrar minha garota, antes que outra pessoa o faça. E isso não é só sobre encontrar ela, eu preciso dizer o que sinto antes que seja tarde demais.

Desde criança essa garota consegue me deixar maluco, de todas as maneiras possíveis. Mesmo quando eu tive que me afastar dela, nunca a esqueci, nunca deixei de ama-lá, nem por um segundo.

Amélia Campbell.

Horas antes...

Bufo com a minha falha tentativa em puxar assunto.

— Caramba! Não sabe dizer alguma coisa, sem ser sim ou não?

— Não. — ele continua puxando a égua, sem demostrar nenhuma reação.

— Qual é... Você é muito chato, sabia? Estamos andando a horas, quer dizer, você está andando, meu pé ainda tá dolorido... — mexo levemente e faço uma careta com a pontada de dor. — Enfim, estamos andando a horas, e você ainda não me respondeu para onde vamos, sinceramente, acho que já passamos por aqui. — encaro as árvores idênticas. — Calma aí, você sabe onde estamos? Morgana! — exclamo arregalando os olhos. — Estamos perdidos?

— Chiu!

— Você fez "chiu" para mim! Quem você pensa... — o restante do que eu falo sai abafado por sua mão.

Ele me puxou de cima da égua com rapidez, com a mão sobre minha boca, abafando o som da minha reclamação.

As coisas a minha volta viram um borrão, sinto minhas costas baterem em um tronco quando ele para, seu rosto está próximo ao meu, o que me faz engolir seco e parar de falar.

Ele tira a mão lentamente de minha boca, e coloca o indicador sobre seus lábios, sua outra mão ainda segurava fortemente minha cintura.

Ouço um galopar e viro a cabeça na direção, uma cavalo cinza de oito patas, se aproxima da Nuvem e a cheira, ela se encolhe perto da criatura que a rodeava. O cavalo dá uma última encarada, antes de virar um vulto novamente, indo em direção a água.

— Isso era.. — paro de falar ao perceber minha voz trêmula.

— Sleipnir. Ele não deveria estar aqui. — diz a última parte mais para si mesmo.

Dou um soco em seu ombro, que não mexe nem um milímetro, chacoalho minha mão em seguida soltando um palavrão. Ele franze o cenho sem entender.

— Você não devia ter deixado ela sozinha!

— Eu sabia que ele não ia fazer nada a Nuvem, mas nós dois íamos virar ração.

— Mas ela ficou com medo.

— Dá próxima vez eu salvo ela, e te deixo. Ela não fica reclamando de tudo. — ele sai andando.

— Se me levasse para a aldeia, eu não ficaria reclamando! — o sigo mancando.

— De novo isso? Já falei que não é seguro.

— E aqui é? — abro os braços.

— Isso não foi coincidência! — ele aponta na direção que o cavalo foi. — Ele guarda o reino do (nome). Se ele está aqui, é porque alguém ordenou.