"Mapa."

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Amélia Campbell.

— Sabe aonde que ir primeiro, alteza?

— Para o único lugar que eu sei o caminho.

Tiro o pedaço de pergaminho do bolso da minha capa, desdobro e o ilumino com uma chama na ponta do dedo indicador. Havia o desenho de um castelo no canto do pergaminho, acompanhado de alguns rabiscos indicando o caminho para a passagem, e depois outros pontos de localizações até uma cabana.

— Você guardou... — ele diz baixo para si mesmo. — Campbell, quando.. quando eu... — ele gagueja e passa a mão na nuca procurando as palavras.

Percebo que estou prendendo a respiração, começo a andar o interrompendo.

— Temos que ser rápidos, é o primeiro lugar onde meus pais mandaram me procurar. Eles sabem que eu sou muito próxima do seu pai, e o fato de você também ter sumido do palácio não ajuda.

Andamos a madrugada toda, ele nem precisava checar o mapa que ele desenhou quando éramos crianças para saber o lado certo, trocamos pouquíssimas palavras no caminho, e meus pés estavam me matando. Quando o sol começou a aparecer no horizonte ele aponta para uma casinha.

— Estamos chegando.

Ele arruma a minha mala nas costas, e começa a descer devagar a pequena ladeira. A ponta dos meus saltos afundam enquanto desço dificultando meu equilíbrio, escorrego nas pedras e minha cintura é envolvida pelo braço do Edward.

— Vai aceitar minha ajuda agora?

— Não preciso de ajuda! — me solto dele e arrumo minha postura.

— Ótimo, da próxima vez deixo você ir de cara no chão. Pode segurar sua mala também... — ele me entrega e sai andando na minha frente.

Quando alcanço ele, sinto um cheiro delicioso vindo de dentro da casa, minha barriga ronca.
Ele abre a porta revelando um cômodo simples e organizado, uma escada dividia a sala e a cozinha.

Vejo uma mulher alta com cabelos presos em um coque colocando quatro pratos na mesa de madeira, seus ombros sobem e descem em um longo suspiro, e depois pega um dos pratos.

— Não precisa guardá-lo. — a mulher se vira para a porta surpresa, e um enorme sorriso surge em seu rosto.

— Ah, meu menino! — ela corre até o Edward o abraçando.

Ela devia ser mais nova do que aparentava, a maioria das rugas provavelmente era de preocupação. A mulher nota minha presença e se afasta do filho, passando a mão no cabelo e no avental os ajeitando.

— Alteza. — ela faz uma reverência desengonçada.

— Sem reverência, por favor, e pode me chamar de Amy.

— Como preferir. Está com fome? O café já está saindo, vem. — ela coloca as mãos em minhas costas me guiando. — Ed, ajude ela com a mala!

— Ela gosta de ser independente. — a mãe o encara, e ele obedece.

— Eddie! — escuto passos apressados, me viro a tempo de ver uma garota de uns 15 anos pulando no pescoço dele.

Ele ri girando ela no ar, depois que a coloca no chão cochicha algo com a menina. Quando ela se vira na minha direção arregala os olhos verdes e começa a falar um monte de coisa rápido.

— Você falou que não ia surtar! — o irmão repreende.

— Eu achei que era uma coisa boba, mas é a princesa Amélia, na minha casa! — sorrio para ela.

𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽Onde histórias criam vida. Descubra agora