"O Guarda."

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Amélia Campbell.

1956...

Acordo com o som dos pássaros em minha janela, me espreguiço olhando para a paisagem da sacada. Os raios de sol iluminando as folhas alaranjadas das árvores no jardim.

Vou para o banheiro escovar os meus dentes antes de descer para o café da manhã, visto minhas pantufas rosas antes de sair do quarto.

— Bom dia, senhor Sten... — meu sorriso some ao ver um garoto loiro com os braços cruzados e um dos pés na parede. — Você não é o senhor Stenton.

— Ótima observação, princesa. — ele faz uma reverência exagerada.

— O que você tá fazendo aqui? E cadê seu pai?

— Serei seu novo guarda, ninguém te contou? — a mandíbula dele fica tensa.

— Contou o quê? — pergunto preocupada.

— Meu pai... — ele engoli em seco. — está doente, já fazia um tempo que estava se sentindo fraco, então noite passada durante uma ronda passou mal, o rei o dispensou, e me deixou entrar no lugar, depois de insistir por tantos meses. Agora meu pai já piorou, mas pelo menos vamos conseguir pagar os medicamentos.

Fico em choque com a notícia, e desço as escadas correndo, ele parecia tão bem, por que meus pais não fizeram nada?

— Quantas vezes já pedi para não ficar correndo por aí? E para não andar de pijama pelos corredores? — meu pai repreende quando eu chego a mesa.

— Por que não me contaram que o senhor Stenton estava doente?

— Ah, querida.. — minha mãe solta um suspiro. — Por favor, sente-se. — ela estende a mão indicando a cadeira a sua frente.

— Não! — meus pais e todos na sala me encaram sem acreditar. — Eu ordeno que vocês busquem o senhor Stenton, e a família, deixem eles em algum dos quartos de hóspedes, e dêem toda a ajuda que ele precisar.

— As coisas não funcionam assim, Amélia.

— O senhor sempre diz que eu não posso virar a rainha, pois não tenho iniciativa, e autonomia. Mas quando faço isso, ninguém me escuta!

— Sabia que não devíamos ter contrato aquele garoto, ele só quer se aproveitar da nossa boa vontade. — me pai diz para minha mãe. — Sawyer.

— Sim, senhor. — minha criada se aproxima receosa.

— Leve-a para o quarto, os convidados já devem estar chegando.

— Convidados?

— Seus pretendentes, alteza. — ela sussurra me guiando para fora da sala.

— O que?

Ao chegar no meu quarto, a Laney fecha a porta e vai até meu closet, sigo ela.

— Não quero nada extravagante. — aviso. — Eles não podem me obrigar a casar. — sento no sofá grande e redondo no meio do closet. — Podem?

— É para o bem do povo.

— Eu sei...

Ela pega um vestido rosa claro. Um par de sandália de saltos trançado dourado. (Mídia).

— Delicado e bonito, perfeito.

— Vou preparar seu banho, alteza.

— Obrigada, e eu já disse que quando estivermos sozinhas você não precisa me chamar de alteza.

𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽Onde histórias criam vida. Descubra agora