five

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Dois meses se passaram, se estabilizaram após o acontecimento na delegacia, sua mãe não quis deixar você ir ao colégio sozinha, ficou levando você e Brady por duas semanas para o colégio, logo depois foram sozinhos como sempre seguiram.

Saiu de casa, com a companhia de seu irmão, ele tinha que pegar um ônibus para ir ao colégio, então você o acompanhava até o ponto de ônibus e continuava o caminho sozinha. Atravessou as portas do colégio, seguindo para seu armário, vendo alguns bilhetes colados pelos corredores. Arrancou um deles da parede e começou sua leitura sobre os avisos.

"Baile de máscara". O maldito baile de máscaras, acontecia todo ano, e você nunca foi. Não por falta de opção, na verdade, sempre era convidada para os bailes, muita gente te convidava. Uma coisa que não podia esquecer, é que era uma pessoa muito bonita, e atraente, as vezes esquecia que seu irmão e você eram um dos mais cobiçados do colégio, mas por falta de interesse e força de vontade, rejeitava todos os pedidos.

Esse baile irá acontecer daqui alguns meses, amassou o folheto por saber que já não iria, e o jogou no lixo. Nunca sentiu vontade de ir, não será agora que vai.

A manhã passou rápido, agradeceu mentalmente por isso, detestava quando suas aulas pareciam demorar mais que o normal. Chegou em casa e já estava sozinha, tomou um banho, e como estava de bom humor foi a cozinha em busca de algo para preparar. O que você poderia preparar para acabar com sua fome. Brownie. Era a única coisa que sabia fazer, e fazia bem.

Pegou os ingredientes e começou o trabalho, conectou em sua pequena caixinha de som alguma música de bom agrado. Amava escutar qualquer resquícios de melodia enquanto fazia qualquer coisa na vida diária.

Assim que levou ao forno, correu para a sala em busca de algum filme ou série para maratonar. Depois de longos minutos de indecisão, chegou a conclusão que iria assistir, Enrolados. Amava o filme desde de criança, e sempre gostou do contexto da história.

Respondeu a algumas notificações no celular, e logo começou o filme. Passando alguns minutos, foi retirar do forno seu Brownie, mesmo tendo feito vários na vida, sempre se sentia orgulhosa quando fazia algum novo.

Ouviu a campainha tocar, gritou um "já vai", e continuou repartindo seu Brownie. A campainha começou a ser tocada rapidamente, não tinha pausa.

— Que droga, eu disse já vai. - você diz jogando a faca no balcão, indo com passos ágeis para a porta.

Assim que virou a maçaneta, uma silhueta de alguma pessoa que mal pôde indentificar de primeira, se jogou para dentro de sua casa, caindo por cima de seu corpo, deixando ambos ter contato com o chão.

Você reconhecia aquele cabelo. Aquele casaco. Era ele. O cacheado se reergueu, ficando a centímetros de seu corpo. Reconhecia também aquela respiração.

— Saudades? - ele diz abrindo um sorriso de lado, você franzi o cenho, empurrando o cacheado para o lado, fazendo o mesmo bater forte a coluna no chão, soltando um gemido de dor após o impacto.

— Credo. - falou se levantando, observando seriamente Mason se ajeitando no chão.

— Merda. - ele diz se arrastando-se para o lado de sua casa, colando seu próprio corpo contra a parede saindo da visão da porta. O olha com indiferença, não sabendo o motivo do seu movimento inesperado.

Logo depois escuta o barulho da viatura da polícia passar com suas sirenes em alerta em frente sua casa, ligando finalmente os pontos da situação. Ele estava fugindo da polícia.

Como você estava intacta no meio da porta, dava muito bem para ver sua silhueta de longe. A viatura para em frente de sua casa, e de longe grita seu nome. Eram amigos de trabalho de seu pai.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora