thirty - nine

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Lilly abriu suas pálpebras lentamente, sentindo seu corpo rígido e cansado. Sua mente ainda estava em processo, envolvida em várias tentativas de tentar compreender o que estava acontecendo. Mesmo que seu corpo não estivesse em melhor estado, lançou toda a sua força em seus braços, tentando se reerguer. A visão da mesma estava embaçada, tudo parecia girar, sem sobrar espaço para pensar.

Se sentou, sentindo que sua silhueta situava em algo macio, percorreu o local com o olhar tentando focar em algo, sentindo náuseas rodear seu estômago.

As íris azuladas da loira dançaram pelo local, vendo as grades de ferro em volta. Seus olhos se arregalaram, a respiração falhou quando sua visão focou, e percebeu que não identificava o lugar que estava. Sentiu algo à sua esquerda, e levou sua atenção até o chão se deparando com um corpo em seu lado.

— Walker? — sussurrou quando reconheceu o cabelo loiro do mesmo — Ai meu Deus, Walker?

Tocou seus ombros, e logo lançou dois dedos em seu pulso para conferir seus batimentos cardíacos, e pode ter certeza que assim que sentiu que o mesmo estava vivo, soltou um ar que nem mesmo sabia que estava preso, e uma gota de aliviu pingou em seu oceano de preocupações, fazendo o alívio atingi-la. Ele estava vivo. Walker estava vivo.

Lilly recostou na parede sentindo sua respiração voltar ao normal, olhando novamente para o loiro ainda inconsciente. Walker estava com uma faixa cumprindo sua cabeça, provavelmente um curativo feito para ajudar a estancar o machucado. As cenas do mesmo caindo no chão e sangue saindo para os arredores invadiu a mente da mesma novamente, fazendo seu estômago se afundar em seu corpo, e a preocupação voltar.

Suas orbes assustadas percorrem o local outra vez, com mais atenção agora, observando atentamente a grade que a rodeava. Com seu corpo ainda enviando alertas para todo seus átomos, ela ignorou todos os avisos se levantando enquanto forçava seus braços na parede fria e suja para ajudar em seu equilíbrio. Sua silhueta se reergueu, seus pés estavam sobre algo macio, e sem demorar muito tempo para perceber, ela identificou ser um colchão. Walker também estava deitado sobre um. Ela saiu da espuma macia, calçando a sandália que usava no jogo a algumas horas atrás, ou até mesmo dia atrás... Lilly não fazia a mínima ideia de quanto tempo passou desacordada.

Dando curtos passos para frente, seus dedos tocaram o ferro frio da grade. Seus cenhos se franziram. Que porra era essa?

Eles dois estavam em uma sala, sem janelas ou aberturas para alguma entrada de ar, sem nenhum tipo de luz solar para ser vista, apenas lâmpadas ligadas no topo do teto, sendo confirmada sua teoria de não saber que hora do dia se encontrava agora. Dentro dessa sala, estava às grades, e dentro das grades estava Walker e Lilly. Presos. Sem comida, sem luz solar, sem celulares para prestar socorro, sem armas ou equipamentos que pudesse usar como um utensílio para se defender de algum perigoso. Nada.

A mesma lavou os olhos pelo lugar novamente, avistando no topo de uma pequena escada com alguns degraus que levava até uma porta de metal, tendo ao lado uma câmera apontada para a grade onde se encontravam. Ela sabia que estava funcionando porque a câmera tinha uma pequena luz vermelha piscando, indicando seu funcionamento.

— Ei — ela gritou — Tem alguém aí? Socorro!

Nada.

— Porra — ela sacudiu a grade que segurava, desejando que algum acontecimento inexistente fizesse ela cair — Porque você fez isso? — Lilly olhou para a câmera, sabendo que tinha alguém ali a observando. Ela podia sentir isso — Seja lá quem você seja porque você fez isso? Quem é você? Porque eu estou aqui?

Ela sentiu as forças indo embora, e suas pernas novamente fraquejaram. A mesma rastejou até o fim da grade, sentindo tudo desmoronar.

— Porque comigo? — ela sentiu um soluço sair de sua garganta — O que eu te fiz sério? — sussurrou em dúvida.

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⏰ Última atualização: Aug 23 ⏰

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𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora