𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄

thirty - four

Mason olhou pelo retrovisor encarando o reflexo das meninas que lançavam olhares tediosos, revirando os olhos após o cacheado inspirar mais uma vez, procurando ar para seus pulmões.

— Mason, vai logo. — Brooke diz incentivando o cacheado.

— Isso tudo só porque tá com medinho da mãe da garota. — Maddy brinca cruzando os braços, olhando pela janela do veículo.

— É a primeira vez que eu vou entrar na casa dela sem ser escondido, ou pela varanda. E se tipo, a mãe dela não gostar de mim? Eu tentei matar a Lilly, nenhuma mãe normal gostaria de mim. — ele bate com os dedos sobre o volante nervoso encarando a casa da loira do outro lado da rua.

— Fica tranquilo primo, ninguém gosta de você, é normal. Agora vai logo, ou a gente não chega nesse aniversário hoje.

As duas já estavam com os nervos à flor da pele, provavelmente por conta estar mais de dez minutos ali parada tentando convencer o mesmo.

— A questão é que eu nunca conheci a família de nenhuma garota, até porque nunca durava, e eu só ficava com elas por ficar.

— Sophia virou nenhuma garota agora? — a ruiva levanta a sobrancelha em surpresa, atraindo a atenção do cacheado.

Mason para com os movimentos com os dedos no volante, e fuzila sua irmã pelo retrovisor encarando a mesma seriamente.

— Não fala dessa garota. — ele diz ríspido, enquanto abria a porta do carro, e se portava para fora do veículo.

— Ele finalmente saiu do carro. — a morena leva as mãos para cima, como se estivesse comemorando a ação de seu primo.

Brooke acompanha o mesmo com o olhar, vendo ele se aproximar lentamente da porta de sua casa.

— Fala aí, Sophia é a ex dele né? — Maddy pergunta enquanto se aconchega mais no tecido de couro do carro, olhando para a ruiva.

— É.

— Ele não gosta de falar dela?

— Mason não gosta de falar de nenhuma de suas vítimas.

— Então, porque ele matou ela? — ela pergunta outra vez.

— Porque Mason é um louco traumatizado. Ele só volta ao "normal" quando a pessoa já está morta. — ela faz aspas com os dedos encarando seu irmão pela janela.

— Isso é assustador.

— Pra caramba.

O cacheado respira profundamente, em uma tentativa de preencher seus pulmões de ar e se encontrar relaxado, tocando a campainha logo em seguida.

O aniversário de Shay finalmente tinha chegado, e todos já estavam de fantasia prontas e o entusiasmo também presente no corpo, pois a loira não brincou quando disse que queria uma festa grande.

A porta se abriu, e parece que todo ar que Mason armazenou desapareceu em segundos, e sem delongas a silhueta do loiro apareceu diante a porta.

Brady cerrou seus olhos na direção do cacheado, o encarando como se estivesse pensativo.

— Você é o garoto que tentou matar minha irmã, né? — ele colocou as mãos no bolso apontando em direção ao Mason sorrindo de lado — Cara, a última vez que eu te vi você tava morto.

O mesmo não sabia o que responder, ou como reagir, é a primeira vez que falava com o irmão da Lilly.

— Brady, querido — Mason escuta uma voz sair de trás do loiro, e se aproximar dos dois — Não se recebe uma visita dessa forma.