thirty - three

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UM ANO ATRÁS

“Fique longe de Mason, ele não é quem você pensa que é. Ele não é uma boa pessoa.”

Sophia termina de digitar, encarando a tela do celular, pensando se tinha sido uma boa ideia enviar aquela mensagem a Lilly. Sua cabeça rodopiava pelo mar das dúvidas e distrações, e nada retirava de sua mente aquele momento.

— O que tá fazendo?

Ela praticamente pula de onde de mantia, após ouvir a voz rouca e familiar do seu ex-namorado.

— Eu que te pergunto. - a mesma recupera a sua calma, se virando para o cacheado, vendo um Mason bem vestido com algumas rosas na mão. — O que tá fazendo aqui Mason?

— Te procurando.

A ruiva soltou uma risada seca, balançando a cabeça como se fosse mentira o que acabara de ouvir.

— Tá bom, eu não caio mais nas suas piadas. - ela coloca o celular no bolso de seu short jeans, e começa a andar para longe da sala, e sem convite o mais alto segura firme seus braços impedindo a ida da mesma.

Eles estavam na sala de reunião na distribuidora, era comum se esbarrarem algumas vezes.

— Sinto muito. - sai da boca do mesmo. — Sei que hoje faz um ano que sua mãe morreu.

— Dois. - ela fala se livrando do toque de Mason brutalmente. — Hoje faz dois anos que a mulher que você matou morreu.

Mason sente uma pontada no peito ao ouvir essa frase. Ele se sente tão culpado por isso, um de seus maiores arrependimentos.

— Posso te levar pra visitar o túmulo dela se quiser.

Ela analisa de cima a baixo o cacheado, cerrando os olhos ao perceber algo diferente. E vai em direção às suas narinas como um tiro o aroma do perfume masculino circulando ao redor.

— Eu aposto meu rim que você vai encontrar uma garota agora, principalmente com essas flores na mão, e quem te avisou da morte da minha mãe foi o Miguel.

— Não. - ele mentiu. — Quer dizer, eu realmente vou encontrar alguém agora, mas eu estava lembrado da sua mãe.

O celular da ruiva começa a tocar, chamando a atenção dos dois. Ela atende repentinamente, e se afasta lentamente de Mason levando o aparelho eletrônico até o ouvido.

Oi Ryle. - Mason continua no mesmo lugar, ouvindo a ruiva conversando atenciosa com a pessoa do outro lado da linha. — Tá, já estou descendo.

Ela encerra a ligação e olha para o cacheado que ainda a encarava.

— E essas flores são pra sua mãe, eu vou com você mesmo que não queira, quero recompensar tudo que fiz e...

— Eu não preciso da sua ajuda. - ela inicia dando um passo na direção do mesmo. — Não preciso da ajuda de um assassino sem noção que nem você. - os ombros do mesmo caíram, as mãos com as flores vão junto, grudando ao corpo.

— É por isso que ninguém nunca vai te amar. Ninguém nunca vai querer se envolver com um problemático que nem você. Que garota olharia pra você e sentiria amor invés de medo em saber todas as coisas sobre sua vida? Você é podre Mason, tão sujo que não conseguiu nem salvar o próprio pai. Se manca cara, você é ridículo.

Ele fica em silêncio, porque na cabeça era verdade. O choque o atingiu em cheio, e nem teve jeito de arrebatar.

A ruiva sai dali batendo os pés, e o próximo barulho que ele escuta é da porta se fechando com força. A culpa o corrói, e a dor de seus erros cai sobre seu ombro e nesse momento seu desejo era não existir mais.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora