𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄

thirty - five

— Mason, mal chegamos na festa e você já quer sair? — perguntou, acompanhando os passos do cacheado ao seu lado.

— Preciso te mostrar algo. — ele disse, despertando uma certa curiosidade em sua mente.

— O que?

— Vai descobrir quando chegarmos lá. Entra no carro. — ele mandou, dirigindo-se para o lado do motorista.

Você seguiu suas instruções e entrou no carro, ocupando o lugar do passageiro. No momento em que se acomodou no banco, Mason já estava dando partida.

Enquanto o carro se afastava da festa, o som de "Gangsta" de Kehlani ficava mais distante. E, de fato, não fazia muito tempo que tinham chegado, mas Mason insistiu em ir embora.

Você percebeu que o cacheado estava mais atencioso enquanto percorria a estrada, atento aos veículos ao redor. Seus olhos encontravam o retrovisor com mais frequência, e sua mão no volante estava firme. Sua atenção estava redobrada, e com razão, considerando os acontecimentos recentes.

Com uma mão no volante e a outra tocando sua pele, Mason fazia movimentos circulares em sua coxa, o que de certa forma te confortava. Sempre gostou desse tipo de carinho entre vocês. Observou os detalhes do rosto dele, admirando sua beleza.

— Gostou, gatinha? — ele sorriu largamente, despertando você do transe.

— Você é lindo. — disse, virando o rosto para a rua.

— Agora fala algo que me surpreende. — ele revirou os olhos de forma engraçada, sorrindo com a presunção típica de Mason — Você também é maravilhosa, meu amor.

— Fala algo que me surpreenda. — imitou seu jeito de falar, vendo os cenhos do cacheado se franzir.

— Eu não falo assim.

— Ah, você fala sim. — começou a rir da expressão confusa dele, decidindo estender a brincadeira — Você fala todo grosso, com a voz firme. "Fala algo que me surpreenda."

Imitou novamente, tentando deixar a voz mais grave, mas ficou mais engraçada do que o normal.

Ele não aguentou e soltou uma risada, virando alguns instantes para encarar seu olhar sorridente. Ele gostava da forma como seus olhos diminuíam quando ria, da forma como você sorria por eles.

(...)

Ele estaciona o carro na esquina de uma rua e logo sai do veículo com rapidez, percorrendo-o com passos ágeis, fazendo um gesto educado enquanto abria a porta para você. Embora confusa, você retira os cintos de segurança e repete os movimentos do garoto ao sair do carro. Olhando em volta, percebe onde estão pela primeira vez, sentindo uma pontada de entusiasmo que a faz começar a dar pulinhos de alegria.

— Aí meu Deus. Aí meu Deus! — desceu pisando na grama verde do campo — Como eu nunca tinha visto esse lugar?

Luzes flutuantes. Era onde as pessoas soltavam luzes flutuantes, com os devidos cuidados, é claro.

— A primeira vez que vi isso foi quando estava vindo para Boston pela primeira vez. Eu ainda estava bem debilitado por conta dos ferimentos. Quando vi as pessoas soltando essas luzes, pensei em você na hora e prometi a mim mesmo que te traria aqui em algum momento.

— Isso é incrível, amor. De verdade. — sorriu genuinamente, estendendo a mão para ele.

Ele agarrou sua mão e vocês começaram a andar em direção às pessoas.

Subitamente, você para seus passos e olha para ele, depois para si mesma, percebendo algo incomum.

— O que foi? — ele pergunta observando sua forma confusa de analisar a situação.