O dia amanheceu e Helena sentia-se muito melhor. Ela desejava poder ficar mais tempo na cama, lutando contra o sono e a preguiça. No entanto, Lucas não a deixou descansar, tirando-a da cama assim que os primeiros raios de sol surgiram.
Lucas: Vem, mãe! - Ele puxou sua mão. - Estamos te esperando para tomar café.
Helena: Ah, Lucas! Sonolenta ela olhou para o quarto todo. Cadê todos?
Lucas: Estão lá embaixo tomando café, inclusive o tio César.
Ao ouvir a última frase do filho, Helena saltou da cama, mais uma vez constatando que César não havia lhe acordado e provavelmente desligado o despertador. E, como de costume, ela estava atrasada. Correu para o banheiro, tomou um banho rápido, se arrumou e desceu para tomar café em família.
Após o caloroso e animado café da manhã da família Andrade de Melo, todos seguiram para suas obrigações e funções. A manhã transcorreu normalmente tanto para Helena quanto para César. Por volta da hora do almoço, Onofre procurou César em sua sala.
Onofre: Olá, César! Podemos ir? Tenho uma cirurgia marcada para as 15:00 horas.
César: Podemos sim. Se quiser, vá na frente. Vou ligar para Helena e saber como ela está. - Ele se levantou e pegou o telefone. - Acredita que ontem, quando ela chegou em casa, a pressão estava 16.9, Onofre? Quero até marcar uma consulta com você.
Onofre: De fato, é bom investigar e acompanhar. Fale com minha secretária e peça para ela marcar com urgência... E César, se você não se importar, eu gostaria de almoçar em algum outro restaurante. - Ele parecia apreensivo.
César: Claro! Sem problemas. Vamos com seu carro ou no meu? - Ele tirou o jaleco, pegou o celular e as chaves quando percebeu que algo não estava bem com o amigo.
Onofre: Pode ser no meu... Vamos? - Ele aparentava estar impaciente.
César: Sim, ligo para Helena no caminho.
E assim, sob muita tensão e suspense, eles foram almoçar fora da clínica. César estava preocupado; conhecia Onofre há tantos anos e nunca o tinha visto assim. Ao ligar para Helena, ele sorriu em contentamento quando ouviu a voz dela, sentiu-se aliviado ao constatar que ela estava bem. Conhecia perfeitamente Helena; o tom que em que ela vocaliza as palavras, ele sabia como ela estava. Os dois chegaram ao restaurante escolhido por Onofre, um local distante da clínica, e logo fizeram seus pedidos.
César: Bom, aqui estamos! O que houve?
Onofre: César, vou ser direto... Você não consideraria comprar metade da minha clínica?
César: Como é? - Ele estava perplexo. Que conversa é essa? Já apareceram vários compradores e você sempre os afastou. O que está acontecendo, Onofre? Estou preocupado.
Onofre: Você sabe que temos a clínica onde são feitas as consultas com todas as especialidades médicas e temos a parte do hospital, urgência emergência. - Ele fez uma pausa para beber água. - Essa clínica está em minhas mãos desde o início da minha carreira. Não foi fácil construí-la... Você mais do que ninguém conhece todos os desafios e lutas que eu passei. Gostaria muito que meu filho, Claudio, tocasse-a quando eu não estivesse mais aqui... Mas ele nunca teve interesse, não só na parte da medicina, mas na administração também, e eu não o culpo. Quero que ele seja feliz fazendo o que gosta.
César: Sim, eu entendo! É o mesmo com meus filhos... Nenhum deles quer seguir a mesma carreira que a minha. Marcinha quer fazer psicologia e Rodrigo é um artista.
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A Família
FanfictionO grande reencontro de Helena e César após 15 anos separados renderam diversos sentimentos, e após muita luta e determinação, ambos conseguem cicatrizar as feridas abertas e se entregar para o verdadeiro amor, que por muitas vezes parecia estar ador...