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Helena, mesmo cansada e ainda se recuperando dos efeitos do parto, levantou-se com dificuldade ao ouvir os choros dos gêmeos que ecoavam por toda a mansão. Seus instintos maternos entraram em ação imediatamente, e ela sabia que precisava atender urgentemente às necessidades dos pequenos.

Com Júnior berrando nos braços, a avó babona do momento, rapidamente adentrou o quarto do casal com Marcinha, a dedicada ajudante, que segurava Beatriz no colo, mas era Helena quem sabia melhor como acalmar seus bebês. Ela aceitou o desafio para amamentar os dois ao mesmo tempo, sabendo que seria fatigante, mas necessário para acalmar os choros insistentes.

César despertou assustado com os choros e se deparou com os bebês nos braços de Helena, que sentia uma onda de ternura e amor inundá-la. Apesar do cansaço e das dores pelo corpo, ela estava determinada a proporcionar todo o conforto e carinho que os gêmeos precisavam naquele momento.

Sem nenhuma habilidade, porém com muita paciência, Helena iniciou o processo de amamentação dupla. Ela sentia a conexão especial que existia entre mãe e filhos, e isso lhe dava forças para superar quaisquer obstáculos que surgisse no caminho da maternidade.

Enquanto os bebês mais amados se alimentavam, os choros gradualmente se transformaram em múrmuros reconfortante. E com ajuda de todos seus auxiliares presentes, Helena se dirigiu para o quarto dos gêmeos, onde pode sentar-se na poltrona confortável depois da mamada. O ambiente, que antes estava agitado, tornou-se sereno, preenchido pelo som suave dos pequenos dormindo nos braços da mãe.

César, consciente da importância dos primeiros dias dos bebês e da fragilidade de Helena após o parto, decidiu tirar uma licença temporária da clínica para poder estar ai lado de sua amada esposa e auxiliá-la nos cuidados com os pequenos. Para ele, não havia prioridade maior do que estar presente durante esse período tão especial.

Após os bebês arrotarem, Helena e César os colocaram em seus berços e ligaram a babá eletrônica, garantindo que poderiam ouvir qualquer sinal de desconforto dos pequenos enquanto descansavam. Com os gêmeos seguros e confortáveis, eles retornaram ao seu quarto, onde Sonia os aguardavam com uma bandeja de comida para Helena.

Sonia: Dona Helena, venha comer, está quentinho. Dona Matilde que preparou para a senhora. Ah, aproveitei para trazer mais água fresca, a senhora precisa de muito liquido.

Helena: Obrigada, Sonia. Agradeceu, sentindo-se grata pelo cuidado. Na verdade, estou mesmo com muita sede. Não sabia que amamentar causava tanta sede.

Sonia: Ô se dá sede. Até pouco tempo atrás quando amamentava o Chiquinho, eu bebia muita água, vivia com a boca seca. Compartilhou sua experiência com sinceridade.

Sentindo-se muito vulnerável, Helena acabou desabafando:

Helena: No início foi difícil, Sonia? Tenho sentido muita dor, e isso está me preocupando. Lembro-me de ler em algumas revistas onde as mães diziam que era muito prazeroso a amamentação. Porém, tenho sentido mais dor do que prazer.

César que estava organizando uns livros sobre o móvel que ficava ao lado do sofá, quando ouviu Helena, interveio prontamente, repleto de preocupação.

César: Porque não me disse, Helena?

Helena: Ah, meu bem, não queria te preocupar... deve ser nomal.

César: Não é bem assim. Preocupado ele disse. O normal seria sentir uma dor suportável, e não parece que esteja sendo assim.

Sonia: Doutor César, tem razão, dona Helena.

César decidiu agir imediatamente em prol do conforto de Helena.

César: Vou ligar agora mesmo para a Estela e ver o que podemos fazer. Não quero que sofra, meu amor. A beijou na testa. Agora vamos, você precisa se alimentar.

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