12

1.4K 28 211
                                    


Helena: Vo..vo....vo...cê, você aqui? Não pode ser!

Helena estava difundindo-se de puro espanto misturado com pavor, passou as mãos pelos seus cabelos em desespero tentando se manter calma e falar pausadamente.

Helena: O que faz aqui?

Ela estava incrédula, como o mexicano aquele da lua de mel, aquele que por alguns minutos a arrebatou num beijo repleto de lascívia, excitação estava estagnado em sua frente. A tensão que ambos emanavam era quase palpável.

Homem: Usted? Digo, você. Disse feliz e surpreso.

O homem passou a língua nos lábios docemente mantendo a expressão imperturbável. O timbre da sua voz era pura sedução quando misturado com seu sotaque latino melodioso chegando a ser confundido com sussurro. Helena empalideceu na hora, lembrou-se das incontáveis noites que passou imaginando como seria o timbre da voz daquele homem que tanto mexeu com seus sentidos, e ouvi-lo sem estar preparada se sentia confusa.

Homem: Prazer, me chamo Juan Rojas, sou professor... Ela o interrompe.

No momento em que ela o interrompe houve uma pausa momentânea, um lapso atemporal, podia até mesmo ouvir as fugazes batidas de seu coração, tão eloquente pujante. Ela olhou bem fundo nos olhos que mais pareciam duas imensidões negras sedutoras e sentiu um fio de medo percorrer por seu corpo, seus poros exalavam um suor frio enquanto seus olhos permaneciam estáticos.

Helena: Me desculpe, mas não estou me sentindo bem...

Eladisse apoiando uma mão em cima da mesa que estava ao seu lado. Ao ver que elapareceu perder o equilíbrio, Juan se aproximou segurando em seus braços abaixo do ombro, obrigando ela a sentir sua pegada forte e bruta. Ela arfou quando num movimento impetuoso ele colou seu corpo no dela. Ele estava desejoso por tocar naquele corpo que tanto sonhou em possuir depois daquele beijo com gosto de quero mais.

Juan: Você não sabe como eu te procurei... Disse rouco sussurrando perto do ouvido

Helena não conseguia se mover porque Juan prensava o próprio corpo contra o dela cada vez com mais força, até que a distância entre eles não mais existia. Ele a contornou com seus braços em um abraço e tentou beijá-la, mas bruscamente ela virou o rosto para o lado, e ele acabou beijando-a no pescoço.

Mesmo não a beijando nos lábios como ele queria, sentiu-se feliz por finalmente poder tocar sua pele cheirosa, macia novamente. Ele estava no céu, tinha ganas de terminar o que havia começado anos atrás. Mas para Helena a sensação não era a mesma, ela sentiu seu mundo girar, tentou forçar seu corpo para traz mas não podia, Juan a segurava com força, em outro momento teria amado a sensação de estar mais uma vez nos braços dele, mas não agora, estava nervosa, presa contra sua vontade, seu corpo em um instante perdeu o calor de sempre, arrepios a percorriam com cada vez mais intensidade, sua visão não era mais nítida e seus olhos não queria se manter abertos, até que seu próprio corpo não mais obedecia, Helena se sentiu sem forças e nesse momento seu consciente se desfez. Ela fechou os olhos por completo, e Juan sentiu quando seu corpo se forçou para baixo nesse mesmo instante ele afastou um pouco o próprio rosto e a viu desfalecida em seus braços. César regressava para sala dela, quando se deparou com a cena que fez seu sangue ferver.

César: Tire essas mãos imundas da minha mulher. Disse esbravejando possesso de irá e ciúmes.

Juan: Ela desmaiou...

César: Helena!

Juan: Ela precisa de um médico.

César: Eu sou médico!Saí daqui.

A FamíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora