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Mafalda assentiu com a cabeça e saiu do quarto. Helena foi até a xícara de chá e depois de assoprar um pouco ela começou a beber. Mesmo o líquido estando fervente, não sentiu lhe aquecer o corpo.

César: Me abandonaram embaixo do chuveiro. Lançou um olhar de cachorro abandonado, e depois de constatar que ela o viu, voltou a secar o cabelo com a toalha.

Helena: Como é dramático e carente esse meu marido... Venha aqui me esquentar. Deu duas batidas com a mão no colchão ao lado do seu corpo.

César: Tem certeza, diretora? Ele pergunta enquanto arqueia uma sobrancelha lançando um olhar sugestivo.

Helena: César! Hahaha. Você é insaciável.

César estava em pé em frente a cama. Ele estava de sunga preta e com o roupão aberto. Ajeitou os travesseiros na cabeceira da cama e se sentou em seguida. Abriu espaço entre as pernas e Helena entrou no meio delas encostando as costas no peito amado. César lhe abraça e repousa a mão sobre o ventre dela, enquanto o dialogo ia fluindo, ele acariciava o local.

César: Meus filhos se preparem... A mamãe de vocês é uma eterna aventureira.

Helena: César! Ela o repreende dando um leve tapa no braço dele. Você não fica atrás.

César: Não tem nem comparação... você é muito ativa, enérgica, disposta, quase uma atleta. Tem muita disposição para fazer tudo, inclusive...Ele não termina a frase, não precisava, ela sabia o perfeitamente o que ele ia dizer. Levanta um pouco do cabelo na nuca dela encostando os lábios úmidos na pele sensível, onde deposita um beijo fazendo-a arfar.

Helena: Safado! César sorri passando a mão suavemente pelo pescoço dela, sentindo a pele dela se arrepiar por completo. É tão sensível ao toque, que ela acaba estremecendo, mas decide continuar o diálogo, pois sabia muito bem como acabaria essa troca de carinho. Mas o que posso fazer, Hum? Você me traz para o lugar onde vivemos um dos melhores momentos de nossas vidas. Tanto no passado, quanto no presente.

Ele sorri com a declaração dela, amava esses momentos de troca, cumplicidade e intimidade, e envolvido pela atmosfera do amor, ele entrelaça os seus dedos nos dedos dela deixando as mãos repousando sobre o ventre de Helena.

César: Gostou?

Helena: E você ainda pergunta? Claro que sim, meu amor. Com os dedos ainda entrelaçados, ela se aconchega ainda mais nos braços do marido. Você mais do que ninguém sabe o quanto amo Petrópolis... Se pudesse moraria aqui. Lógico que não nessa casa, mas pela redondeza, próximo a cachoeira.

César: Hum... Um pouco surpreso com o que acabou de ouvir, ele se remexe endireitando a coluna e, ele percebe.

Helena: O que foi?

César: Nada não.

Um silêncio misterioso toma conta do ambiente e, entre carinhos e afagos de ambas as mãos sobre ventre amado, eles permanecem contemplado a calmaria ali instalada. Podendo ouvir as batidas forte dos corações mescladas com as respirações serenas. E tempos depois dessas caricias, eles permaneciam colados. César continua com o rosto encaixado na curva do pescoço de Helena sentindo o cheiro familiar que era reconfortante.

Helena: Meu amor, será que podemos descer hoje?

César: Porque?

Helena: Estou preocupada com o Lucas.

César: Ele está bem, Helena.

Helena: Sim, eu sei... É que estou com saudades do meu menino. Quero vê-lo, sentir seu cheirinho, abraçar meu pequeno. Ela delineia um sorriso saudoso no canto da boca quando termina de falar.

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