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Hilda: Meu Deus, Estela! O que é isso?

Estela: Helena, querida. Desculpe-me se te assustei... Disse aflita.

Helena: O que houve, Estela? Você está tão assustada quanto nós.

Estela: Vem, sente-se aqui que vou explicar... Bom, eu estava dormindo e acabei tendo um pesadelo horrível.

Helô: E daí, continue, Estela. Disse ansiosa.

Hilda: Calma, Helô! Deixe ela respirar... Tome essa água querida, e a sua está aqui Helena, eu adicionei um pouquinho de açúcar.

Estela: No pesadelo a Helena, comia bombons envenenados e morria segundos depois. Foi horrível, meninas... Acordei sentindo-me sufocada, com um aperto forte aqui no peito... O desespero ia crescendo dentro de mim a cada minuto que passava, por isso decidi descer e procurar a Helena.

Hilda: Santo Deus!

Helô: Credo, estou toda arrepia, olha aqui. Esticou o braço e mostrou os pêlos arrepiados. Acho melhor jogar esses bombons no lixo.

Helena: Mas são os bombons que o Leandro me deu.

Estela: Traga aqui, Helô. E pegue uma faca, por favor.

Hilda: Esperem um pouco... essa não é a caixa de chocolate que o Leandro te deu, Helena. Eu mesma fui com ele comprar. E o qual compramos, eram bombons importados e esses são nacionais ou caseiros, sei lá.

Estela tirou um bombom da caixa, desembrulhou e partiu ao meio. Analisou bem, e constatou que haviam pedrinhas minúsculas azuis de veneno misturadas ao recheio. Assustada, ela pegou a caixa da mão da Helena e jogou tudo no lixo.

Helena: Quem poderia fazer isso? Questionou incrédula.

Hilda: Helena do céu, minha irmã, você está correndo perigo.

Helô: Eu sei quem fez, e juro que essa pessoa vai pagar com a vida.

Estela: Quem faria isso, Helô?

Helô: Aquela vadia da Tereza. Meu Deus, que ódio daquela mulher, eu vou matá-la. Ela diz ficando cada vez mais nervosa.

Estela: Eu sempre senti uma energia muita carregada naquela moça.

Hilda: O que vai fazer, Helena? Precisa denunciá-la.

Helô: Temos que contar para o César, ele precisa demitir aquela maldita urgentemente.

Helena: Não! Exclamou com firmeza

Todas olharam espantadas para ela, enquanto andava de um lado para o outro. Mesmo diante do ocorrido, seu semblante refletia serenidade revelando uma personalidade que não se dobra diante das adversidades, afinal estamos falando da Helena, né?

Helena: Não vamos dizer nada ao César, não vamos denuncia-la, e não iremos contar a ninguém, vocês entenderam?

Cada passo que ela dava era firme e proposto, como se cada movimento fosse uma afirmação de sua independência e força interior. A altivez dela era uma manifestação de autoconhecimento e autoestima saudável. Ela era consciente de seu valor e não permitiria que ninguém a subestime.

Helô: Você só pode estar ficando louca. A mulher tentou te matar.

Helena: Eu sei, Helô, eu sei muito bem o que ela quer, e digo com todas minhas forças... Ela não terá. Deixe ela comigo, o que é dela está bem guardado.

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