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Naquela manhã, a empolgação estava no ar, pois marcava o início de mais um ano letivo. No entanto, Helena também carregava consigo uma jornada única, já que estava grávida de sete meses de gêmeos.

Enquanto se arrumava para o dia agitado pela frente, Helena sentiu uma mistura de emoções dentro dela. Ela estava ansiosa para receber os alunos, professores e pais, mas também estava ciente das demandas físicas que sua gestação impunha e suas limitações. César estava preocupado, não queria sair de perto dela e sua expressão não demonstrava outra coisa que não fosse preocupação excessiva.

César: Helena, meu amor, eu estou preocupado com você. Você está no sétimo mês de gravidez e terá um dia cheio pela frente. Acho que é melhor você considerar tirar licença e descansar. Disse enquanto ajeitava a gravata em frente ao espelho.

Helena que estava se maquiando também em frente ao espelho, parou, analisou o que ele disse e virou-se de frente para ele, olhou em seus olhos.

Helena: César, eu entendo sua preocupação, meu bem. Mas eu sou a diretora da escola e este é um momento importante. Minha gravidez não me torna inválida e eu sei como cuidar de mim mesma.

César sabia o quão resistente ela era e suspirando continuou:

César: Eu entendo que você é incrivelmente capaz, Helena. Mas você também está lidando com o bem-estar de nossos filhos. Não quero que você se sobrecarregue ou coloque sua saúde em risco.

Helena: César, eu sei que você se preocupa, mas eu não vou me afastar do meu trabalho por causa da gravidez. Eu planejei isso cuidadosamente, tenho uma equipe incrível que me apoia e sei dos meus limites. Nem ouse me proibir de ir à escola hoje. Ela foi firme em sua decisão.

César: Você sempre foi obstinada, e quando coloca algo na cabeça ninguém consegue fazê-la mudar de opinião. Eu só quero o melhor para você e para nossos filhos.

Helena: Eu sei que sim, César. Disse tocando o rosto de dele suavemente. E eu valorizo muito o seu apoio. Mas este é um dia importante para mim e para a escola, e, eu estou pronta para enfrentá-lo. Se eu sentir que não estou bem, vou pedir ajuda e não vou hesitar em me cuidar.

César: Tudo bem, meu amor. Disse olhando nos olhos de Helena com carinho. Eu confio em você e nas suas decisões. Vou ficar ao seu lado, como sempre.

Assim que terminaram de se arrumar, desceram as escadas de mãos dadas e se dirigiram para a sala de jantar, onde o cheiro delicioso de café fresco e pães recém-assados ​​enchia o ambiente. A família já estava reunida na mesa da cozinha, conversando animadamente e aproveitando o café da manhã juntos.

A manhã de segunda-feira estava ensolarada, e mesmo que Helena estivesse decidida a ir trabalhar, César continuava preocupado e sentia necessidade de cuidar dela. Assim, contra a vontade dela, ele insistiu em leva-la à escola naquele dia.

Também era o início das aulas de Marcinha na Universidade. Ela estava eufórica e ansiosa, tentando o tempo todo não demonstrar seu nervosismo. Porém tanto César, quanto Helena já haviam passado por esse momento e sabiam perfeitamente como ela estava se sentindo. Por isso, César decidiu que levaria Lucas à escola, Marcinha a Universidade e depois Helena à escola.

Assim que deixou Marcinha na Universidade, ele dirigia prestando atenção no intenso transito enquanto Helena o observava, sabendo que ele estava agindo por amor e preocupação, fazendo-a se sentir ainda mais amada.

Ao chegarem à escola, César estacionou o carro e ajudou Helena a sair, segurando sua mão com carinho. Ela usava um vestido na cor laranja com um cinto demarcando bem o quão avançado estava sua gestação. Os colegas e funcionários que passavam por eles sorriam e cumprimentavam Helena e César com um carinhoso abraço, expressando seu apoio e animação pelo início do ano letivo.

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