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O sol estava alto e esplendoroso, já se aproximava do meio dia. As mãos se uniram mais uma vez e assim César a guiou pela mesma trilha que vieram. Não disfarçou quando seu corpo retesou no lugar, com medo de possíveis animais selvagens, cobra, e outros bichos peçonhentos, mas Helena logo o distraiu. Continuaram andando em meio a árvores grandes, muito altas, saíram da pequena trilha que se tornava cada vez mais escondida, como se aquele lugar fosse apenas para quem soubesse chegar até lá, apenas para quem realmente conhecia e sabia para onde estava indo.

O retorno foi diferente da ida, dessa vez não correram mas caminharam de mãos dadas, ora outra de braços dados, contemplando toda a beleza exultante daquele lugar mágico que no passado havia sido testemunha do amor deles. Quando enfim adentraram a casa, Mafalda toda sem graça perguntou se poderia servir o almoço. Helena disse que iriam tomar banho e que logo desceriam para almoçar. Entre beijos quentes, caricias e vários amasso eles conseguiram enfim terminar o banho, estavam famintos. Por estar muito calor e por César manifestar o desejo de ir para piscina mais tarde, ela optou por vestir um maiô preto com um generoso decote nas costas que as deixava quase expostas por completo e um short de tecido leve por cima. Procurou em sua bolsa o hidratante e após achá-lo, começou a passar em suas longas pernas, César que saia do banheiro parou para admirá-la com um sorriso e um olhar safado. Não se cansava de olhar, e assim que Helena fechou o frasco e guardou novamente na bolsa, ele a puxou pela cintura e lhe beijou no pescoço, provocando um arrepio na mesma hora.

Helena: Amorzinho, vamos comer... estou com fome. Disse se afastando dele.

César: Também estou com fome. Mas agora é fome de você. Ele a puxou de volta para perto de si, dando em seguida uma mordida de leve no ombro dela, adorava provocá-la.

Segurando-a pelos braços ele nota que ela começa a empalidecer. Helena vai perdendo as forças das pernas, sua visão escurece por alguns segundos.

César: Tudo bem?

Helena: Preciso me sentar um pouco.

Estando ela apoiada em seus braços, César a conduz para a cama e ajuda a se sentar. Helena puxa o ar pela boca algumas vezes e solta pelo nariz na tentativa de que esse mal estar passe logo.

César: Está sentindo o que?

Helena: Náusea, tontura e parece que vou desmaiar... Ai César, que horrível.

César: Calma meu amor. Continue respirando... Vou aferir sua pressão.

Com receio de que ela viesse a tombar para o lado, ele a deitou e depois foi em sua mala buscar seu aparelho. Sentou-se ao lado dela e a segurou nas mãos. Helena estava pálida e gelada, e quando ele conseguiu aferir a pressão arterial dela, notou que estava muito baixa.

César: Como se sente?

Helena: Do mesmo jeito.

César: Sua pressão está baixa. Você precisa se alimentar... Se não conseguir ir andando eu te levo no colo.

Como quem segura um cristal, era assim que César segurava Helena. Tendo um braço envolta da cintura dela e o outro segurando firme em seu braço, assim desceram as escadas. Malfada estava terminando de pôr a mesma quando se deparou com a cena.

Mafalda: Está tudo bem dona Helena? A senhora está pálida.

César: Ela precisa se alimentar... Os gêmeos estão sugando toda energia dela.

Mafalda: A senhora está gravida de gêmeos? Que benção dona Helena. Parabéns.

Helena: Obrigada!

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