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Quando Helena e César chegaram em casa, a mesa para o jantar já estava posta esperando-os. Dona Matilde havia pedido a Sandra que fizesse a comida preferida da nora, pois era um dia especial. Todos estavam demasiadamente felizes com a nova novidade. Helena estava em êxtase, não conseguia parar de sorrir, o entusiasmo da família era notável.

Helena: Filho, a mamãe tem uma novidade para te contar.

Lucas: Qual?

César: Deixa eu falar?

Helena sorriu para o marido assentindo com a cabeça. César se levantou e lhe deu a mão para que ela fizesse o mesmo, retirou a cadeira que impediam de ficar próximo ao Lucas. Ele parou ao lado do menino e se ajoelhou, ficando quase no mesmo tamanho que a criança e assim poder olhar nos olhos, de igual para igual. Lucas achou engraçado vê-lo ajoelhado, mas a curiosidade falava mais alto.

César: Lucas, sua mãe me contou que você vivia pedindo um irmãozinho ou uma irmãzinha, não é mesmo?

Lucas: Sim, tio. Pedi várias vezes, mas ela e meu pai nunca atenderam meu pedido.

Helena: Filho não foi bem assim...mas continue César.

César: Então Lucas... Disse sorrindo largo, olhando para a Helena que estava igual a ele, toda sorridente. Seu pedido foi atendido... Sua mãe está grávida de gêmeos!

Lucas: QUÊ? Ele gritou e seus olhinhos arregalaram-se de surpreso.

César levou uma mão na cintura de Helena e a puxou trazendo-a para mais perto. Ela sorriu boba quando sentiu os braços de César circular sua cintura e pousar suas mãos em seu ventre, depositando ali vários beijos cheios de ternura, paixão. Rodrigo, Marcinha e dona Matilde tinham os olhos úmidos, tomados pela emoção com a delicadeza daquela cena de pura ternura. Lucas explodiu em contentamento e em resposta exibiu seu mais belo sorriso, estava próximo de alcançar seu desejo, seu sonho, teria um irmão ou irmã. Ele colocou as mãozinhas em cima das do César, seus olhinhos estavam úmidos e depois de acariciar beijou o ventre da mãe.

Lucas: Que maneiro, não acredito que vou ter dois irmãos... e vai ser legal ser o irmão mais velho.

Rodrigo: Ei, ei... o mais velho sou eu.

Marcinha: Ah pronto, só que faltava agora vocês quererem fazer uma disputa.

A novidade estava sendo comemorada por aqueles que verdadeiramente os queriam bem e felizes. César e Helena envolveram Lucas num abraço cheio de ternura, enquanto Marcinha, Rodrigo e dona Matilde se aproximaram do trio para participar do abraço também.

Dona Matilde: Que venham cheios de saúde para alegrar nossas vidas. Eu estou muito feliz por vocês, muito mesmo! Disse emocionada.

Marcinha: Já são tão amados esses bebês, eu amo vocês!

Rodrigo: Eu não me canso de agradecer por esses presentes que nem estão em nossos braços ainda, mas já nos faz tão feliz. Eu vou ser um irmão muito babão. Disse emocionando acariciando o ventre da Helena e, em seguida abraçando-a.

Dona Matilde: Uma avó coruja eu já sou, agora me tornarei uma avó babona.

Helena: A minha ficha ainda não caiu... Estou tão feliz, me sinto nas nuvens.

César: Que sorte a minha ter você, eu te amo! Disse baixinho e depositou um beijo na ponta do nariz dela.

~~

O dia foi tortuoso para ambos, enquanto César estava completamente sem rumo na clínica, Helena estava em casa, mas sua situação não era tão diferente, ela não queria estar ali, seu peito estava apertado, se sentia sufocada, aqueles eram sintomas de saudade do seu amor. Helena não sentiu-se bem ao acordar, seus enjoos matinais seguiam firmes e fortes. E depois de muita insistência do marido ela acabou ficando em casa, mas estava entediada, as horas não passavam.

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