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Helena segurava com carinho o pequeno Júnior nos braços, envolto em um cobertor azul delicado que dona Matilde havia levado junto com as malas. O quarto da maternidade estava repleta de risos e felicidade, mas os sinais de cansaço eram evidentes no rosto de Helena. A jornada até aquele momento tinha sido intensa, e agora ela ansiava por um merecido descanso.

A família e amigos, após horas de celebração e boas-vindas aos novos membros, decidiram deixar o hospital para permitir que Helena descansasse. César estava tão radiante tanto quanto Helena estava. O sorriso orgulhoso em seu rosto mostrava a alegria que transbordava em seu coração. Contudo, a alegria foi momentânea, pois César estava sendo chamado no pronto socorro. Apesar da preocupação, confiou os cuidados de Helena em sua médica Estela, e de brinde ganhou a cunhada Heloisa que afirmou que não sairia de perto da irmã e dos sobrinhos.

César: Cuide dela como se fosse seu bem mais precioso, Heloisa. Disse calmo, porém com firmeza na voz. Estela, sei que posso confiar em vocês. Voltarei o mais rápido possível. Ele disse, segurando a mão de Helena e depois de beijá-la brevemente na testa se afastou com o coração partido e saiu rapidamente. Estela com seu sorriso acolhedor, pegou delicadamente a mão de Helena e a olhou nos olhos.

Estela: Você fez um trabalho incrível, minha amiga. Estamos tão felizes por você e pelos gêmeos. Mas agora é hora de descansar um pouco, deixe-nos cuidar de você. Sorrindo com ternura ela disse.

Helena: Impossível dormir, não consigo desgrudar os olhos deles. Exausta, ela suspirou.

Helô: Fique tranquila, não vamos a lugar algum. Ainda temos muito para comemorar, mas sua saúde vem em primeiro lugar. Ela afirmou colocando Beatriz no berço e em seguida colocou um travesseiro extra por trás das costas de Helena para proporcionar mais conforto.

Helena, apesar da exaustão, sentiu-se envolvida pelo apoio sincero da irmã e da amiga. Ao longo da noite, Estela e Heloísa se revezaram para garantir que Helena tivesse tudo o que precisava. Desde um copo d'água até palavras de encorajamento, elas estavam determinadas a tornar aquele momento especial e tranquilo para a nova mãe.

César andava em passos largos pelo corredor do pronto-socorro, seu pensamento dividido entre a urgência do atendimento e a ansiedade por estar longe de Helena e dos recém-nascidos, causavam desconforto. Seu coração batia forte, movido pela dualidade de responsabilidades profissional e pessoal.

Após algumas horas, e depois de finalizar o atendimento, ele tomou uma decisão rápida. Antes de retornar ao quarto de Helena, ele passou em seu consultório e tomou um banho rápido. O chuveiro trouxe um intervalo momentâneo, lavando a tensão do dia agitado. Ele trocou de roupa, optando por algo mais confortável, mas sua mente permanecia permanente focada no desejo de voltar para o lado de Helena e de seus filhos.

Ele apressou-se de volta ao quarto. Cada passo refletia sua ansiedade em saber como estavam, mas também a determinação de estar presente para sua família. Ao abrir a porta, ele sentiu o coração pulsar forte ao ver Helena com Júnior nos braços, Heloisa e Estela estavam trocando a fralda da Beatriz que chorava a plenos pulmões.

Aproximando-se de sua amada, notou uma tensão pairando no ar quando Júnior lutava para abocanhar o seio da mãe. Helena, aflita, tentava não demonstrar sua preocupação, mas eu rosto refletia a angústia que sentia. A cada tentativa frustrada, a ansiedade de Helena aumentava, a deixando-a mais tensa sem perceber quando o filho sugou com mais força, fazendo ela urrar de dor, aumentando o desconforto.

Estela, percebendo a situação, rapidamente foi ao encontro de Helena. Com calma, ela orientou a posição do bebê, ajustou a pega e tranquilizou Helena com palavras suaves.

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