A Família

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Era por volta de 03:30 da madrugada quando Helena aos poucos despertou, sentindo-se acalorada, com a respiração pesada e ainda sentindo espasmos pelo corpo não sabia quanto tempo havia ficado ali nessa situação. Tocou em sua intimidade e sentiu encharcada, olhou para o lado e César ressonava tranquilamente. Queria acordá-lo para que ele a ajudasse apagar o fogo que a incendiava por dentro, mas ficou com dó. Sentiu sede, necessitava de algo gelado que apagasse o incêndio que habitava em si. Se moveu com cuidado tirando o braço de César que estava sobre sua barriga, e quando conseguiu se livrar ela se levantou. Vagarosamente abriu a porta, observou atentamente o vasto corredor se certificando de que não encontraria ninguém pelo caminho. Saiu descalça e sem nenhuma sobreposição àquela peça que vestia. Usou de toda sutileza ao descer a escada, se pondo na ponta dos pés descendo silenciosamente degrau a degrau, e quando enfim chegou na sala suspirou aliviada. Rumou para a cozinha e quando abriu a geladeira na intenção de tomar um copo de água, sentiu sua boca salivar ao se deparar com um majestoso bolo de chocolate. Passou a língua pelos lábios feito uma menina travessa. Varreu com o olhar aquela enorme geladeira cheia de guloseimas e sentiu um desejo ilógico de comer tudo que havia ali. Então, além do bolo ela pegou uma travessa cheia de uvas e morangos, uma torta de maçã que Sandra havia feito para a sobremesa do jantar, pegou também uma jarra de suco de laranja e iogurtes. Espalhou tudo sobre a mesa e degustando cada coisa por vez ela foi se deliciando.

Helena: Meus Deus, o que está acontecendo comigo? Se questionou abocanhando um sublime pedaço da torta de maça.

Em seguida, se serviu de um generoso pedaço do bolo que tinha a cobertura derretida. Passou o dedo na lateral o mesmo e levou a boca se lambuzando e pingando chocolate no seu seio. Sorriu ao ver a lambança que estava fazendo, e quando devorou a fatia de bolo mastigando lentamente para degustar seu sabor, sentiu que não estava tão doce quanto esperava.

Helena: Humm... que delícia. Com um melzinho ficará bem melhor.

Devolveu o bolo no prato enquanto se questionava onde teria mel naquela cozinha. Levantou tendo as mãos lambuzadas de chocolate foi em busca do produto. Abriu todos os armários, checou todos os cantos daquele ambiente e quando estava quase desistindo avistou o vidro no alto de um dos armários. Ficou na ponta dos pés e mesmo assim não alcançou sentindo-se frustrada.

César despertou ao sentir a falta do calor do corpo de Helena ao seu lado na cama, e depois de procurá-la no banheiro e não encontra-la, ele desceu para o andar debaixo em busca de sua amada. Chegando na sala notou que a luz da cozinha estava acessa e de lá vinha um resmungar bem característico de Helena. Sorriu ao imaginar o que ela poderia estar aprontando e coçando os olhos por ainda estar sonolento ele foi até ela. O médico sentiu a boca simplesmente salivar ao se deparar com tal cena. Helena estava descalça na ponta dos pés, com o braço esticado tentando pegar alto que estava no alto do armário. Por vezes ela dava alguns pulinhos e mesmo assim não alcançava. Ele sentiu o corpo se aquecer ao vê-la tão sexy. Uma das alças da camisola estava caída sobre o ombro, e conforme ela se movimentava a peça ia subindo mostrando parte de sua calcinha. Ela estava ficando irritada e cansada, mas o desejo de degustar o mel com o bolo era maior, e ele vendo tal cena, sorriu gargalhando enquanto chegava por trás do corpo amado. Esticou o braço e alcançou o produto que ela tanto queria.

Helena: César! Ela ri meio frouxo, assustada como cara de quem estava aprontando e acabou de ser pega em flagrante.

César: É isso que você quer? Ele sorri se divertindo com ela toda atrapalhada.

Helena: Obrigada amorzinho.

César: O que está fazendo? Senti sua falta em nossa cama.