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Helena acordou bem, estava disposta de um jeito que a muito tempo não se sentia, seus olhos mais uma vez brilhavam em contentamento e ela sabia bem por qual motivo estava assim. Na noite passava havia sentido seu sangue se aquecer algumas vezes sentindo diversos tipos de emoções. Seu coração mais uma vez pulsava forte e um resquício de esperança de que dias ruins não voltariam mais, tornou a povoar seus pensamentos. E César não estava diferente, se sentia leve, calmo. Era incrível como aqueles olhos castanhos claros, lindos possuíam tanto poder sobre ele, sentir a verdade vinda deles era como se embebedar no mais puro elixir da vida. Ele ressurgiu tendo mais uma vez o frescor da juventude e da inocência dela. Nessa manhã Helena não quis se afundar eternamente em meio aos seus cobertores e lençóis, nesse dia o sol não mais estava encoberto por entre as nuvens, pelo contrário invadia aquele quarto mesmo que sem permissão aquecendo tudo o que ali estava. Tais reações eram espelhadas por César, que despertou primeiro podendo ainda sentir aquele doce aroma ao seu lado, e isso alargava ainda mais o seu sorriso. A tormenta havia cedido, mesmo que momentaneamente, mas noites turvas ainda estavam por vir, rios sangrentos devastariam toda a vegetação que se encontrasse em sua margem. Mas aos donos da paixão restava apenas aproveitar os dias de sol que ainda lhes restavam antes que os céus desabassem novamente em forma de tempestade.

Enquanto Helena tomava banho, ele desceu na cozinha e preparou uma linda bandeja de café da manhã para levar ao quarto. Avisou a todos que eles tomariam o café no quarto naquela manhã e Rodrigo entendendo o recado chamou Lucas para jogarem vídeo game juntos, na intenção de entreter o menino. Estavam em perfeita harmonia, Helena havia se entregado de uma forma absurda, com ele sempre se livrara de suas barreiras não tinha medo de se entregar, por ele passou por cima do certo ou errado, do seu próprio orgulho. Com César nem sequer compreendia tais palavras, frases, para estar com ele afastou seus princípios, seus ideais, para vê-lo sorrir seria capaz de mover montes inteiros com a força de seus braços. César não se distanciava dessa realidade, também havia se entregado ao que sentia, por ela desenvolveu sentimentos novos, por ela sentiu amor, ciúme, raiva, desejo... e por vezes todos esses sentimentos estavam unidos criando uma nova emoção que deixava suas pernas bambas, que nublava seus olhos e que acelerava seu coração, e tudo isso era despertado somente por ela, sua Helena.

Helena: Amor que lindo. Disse surpresa ao vê-lo entrar no quarto com uma linda bandeja.

César: Venha minha princesa, você precisa se alimentar.

César colocou a bandeja sobre a cama e foi até Helena que estava em frente ao espelho se maquiando. A abraçou por trás e a beijou no pescoço, deixando a pele do local toda arrepiada.

Helena: Amor, estamos bem, não estamos? Disse olhando nos olhos que se encontravam bem próximos.

César: Sim! Eu queria te pedir perdão pelo meu comportamento, eu me descontrolei... Não sei o que acontece, mas nesse tipo de situação eu me sinto um adolescente.

Helena: Já passou meu bem, isso é passado.

César: Eu tive medo de perde-la mais uma vez, por isso fiquei daquele jeito... E... e também senti muito ciúmes. Meio a contragosto ele confessa, colocando uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha a olhando com sinceridade nos olhos.

Helena: Eu entendo! Mas não precisa tá bom? Eu prometi que nunca mais te deixaria não lembra? E acho que ontem à noite eu provei que não existe homem nenhum que eu deseje que não seja você.

~~

O sábado transcorreu bem, tendo sua cadencia habitual e sem que percebessem mais uma vez a noite inundou, trazendo consigo o frescor daquele final de tarde. Helena e César não haviam visto o tempo passar. Tomaram banho de piscina, brincaram com o Lucas e durante o final da tarde ficaram trancados no quarto descansado, já que a noite seria finalmente a tão esperada formatura.

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