pov Luisa

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Chegamos no estádio e fui encontrar com meu sogro e com o Fabinho.

Da família do Gabriel, só tem a gente aqui.

Dhiovanna e Tia Lindalva não vieram porque a cidade tem fama de ser um pouco perigosa.

Perigo pra mim era perder um jogo desses.

-Nervosa?- Valdemir pergunta assim que nos encontramos.

-Demais, capaz de eu ter um ataque cardíaco antes mesmo do jogo começar- digo dando um gole na garrafa de água que comprei na entrada.

Tá um calor do caralho.

Logo, o jogo começou.

Irmão, que tensão da porra.

Logo no início do jogo, Filipe Luís pediu pra sair, e Ayrton Lucas entrou no lugar dele.

E vou falar, segurou muito bem, jogou pra caralho.

P. Henrique, do Athletico tomou um cartão amarelo.

Bem feito.

Logo, aos 43 minutos do 1° tempo, Alex Santana, do Athletico, tomou um cartão amarelo, e Pedro Henrique, tomou outro cartão também, logo, sendo expulso.

Fez por merecer.

Era a oportunidade perfeita pra um gol.

Finalzinho do 1° tempo e com a equipe adversária desfalcada, um gol agora seria perfeito.

E então, aos 45+1 do primeiro tempo...

-GOOOOOOOOOOOOOOOOL- gritamos assim que Gabriel faz gol, com uma assistência genial do Éverton.

Eu e Marília comemoramos abraçadas, e logo, abracei e comemorei com meu sogro e com Fabinho.

Como esperado, calor, choque de adrenalina e nervosismo...

desmaiei.


-Desse jeito a gente vai ter que proibir ela de ver jogo, toda vez isso- escuto a voz de Fabinho.

-Tô ótima, já acordei- digo me levantando da maca, na enfermaria.

-Todo gol do Gabriel você vai parar da enfermaria agora?- Marília pergunta

-Gente, só aconteceu duas vezes, final da Copa do Brasil e final da Libertadores, é muito compreensível- digo ficando de pé.

Voltamos para a arquibancada e logo o segundo tempo começou.

Não demorou pra que Arrascaeta tomasse um cartão amarelo.

Logo, Thiago Maia foi substituído pelo Vidal, e com 4 minutos no jogo, Vidal tomou um cartão amarelo.

Gabriel pediu pra sair.

Meu Deus em hipótese alguma a gente pode tomar um gol agora.

Se precisar desempatar, não tem Gabriel, e se for pra pênalti, NÃO TEM GABRIEL.

Pra evitar que eu desmaiasse novamente, bebi mais água.

Não ajudando muito a minha situação, Arrascaeta saiu também.

Deus, sou eu de novo.

Mais 5 minutos de acréscimos, e pronto.

Fim de jogo.

SOMOS TRI CAMPEÕES DA LIBERTADORES PORRAAAAAA.

COM GOL DO MEU HOMEM.

Ele é foda.

Logo, fomos até o campo.

Assim que meu olhar se cruzou com o do Gabriel, corri até ele.

Cruzei minhas pernas em sua cintura, suas mãos apertavam minha coxa pra me segurar.

Meus braços estavam cruzados ao redor do seu pescoço, em um abraço muito apertado.

-Tô tão orgulhosa de você. Você é foda.- digo em seu ouvido.

-Eu te amo pra caralho, é nossa, amor- ele diz.

-Eu também te amo pra caralho.- digo.

-Você vai me matar se eu te beijar agora? Eu sei que a gente ta na frente de todo mundo ma- eu beijei ele.

A torcida inteira gritou.

Naquela altura do campeonato, todos já tinham filmado a gente se beijando, e em questão de segundos, toda a internet saberia.

E quer saber?

Fodase a internet.

Fodase os haters.

Fodase o mundo.

Naquele momento ali era só eu e ele.

Comemorando uma coisa que a gente desejou pra caralho.

Nossas línguas dançavam em completa sintonia

-Caralho- ele diz me colocando no chão, assim que nos separamos.

-CAMPEÕES PORRA- grito fazendo Gabriel rir.

-PAU NO CU DO PALMEIRAS, PAU NO CU DO RENATO GAÚCHO, É NOSSA E SEMPRE VAI SER NOSSA- grito.

-Você traumatizou na última libertadores né?- ele diz rindo

-Que flamenguista não se traumatizou?- digo.

Logo, Gabriel abraçou Fabinho, e seu pai.

Fui comemorar e parabenizar o resto do time, Arrasca, Éverton, Beijinho, Vidal, João Gomes e etc.

Hoje a gente vai ter que voltar pro Brasil.

Mas amanhã eu vou beber até esquecer o meu nome.

E vou dar horrores, ele merece.

É tempo de comemorar.

NÓS SOMOS CAMPEÕES PORRA.

Eu nunca vou me cansar de dizer isso.

i want u. - gabriel barbosa (gabigol)Onde histórias criam vida. Descubra agora