Capítulo 41

317 20 2
                                    

Majú...

Com toda sua ira, Sandro me tira do chão me puxando pelos cabelos, enquanto ele fala algo do tipo: “ Você é uma péssima mãe!” e mais algumas coisas que não faço questão de prestar atenção, ouço o barulho do helicóptero possivelmente decolando, pelo menos meu filho estará livre desse monstro!

Sou arrastada de qualquer jeito pra fora do meu apartamento e assim que o elevador chega ao térreo sou jogada dentro do carro. Sandro ainda briga com seus seguranças por não terem prestado atenção em seus serviços.

A viajem do rio á Adolfo-sp podemos dizer que foi tranquila, lógico que o tempo todo ele me jogava na cara que eu abandonei meu filho, mas eu não ligava, sei que foi o melhor a se fazer.

— Seu filho vai virar bandido que nem ao pai! O futuro dele vai ser preso ou morto e a culpa é exclusivamente sua! Ele gritava enquanto seguimos um caminho desconhecido agora de carro.

— O futuro dele não seria diferente se estivesse com você! Agora pelo menos ele está com o pai dele! Rebato.

Na mesma hora sinto sua fúria, um tapa é dado em meu rosto, mais um neh!? Sinto minha boca se encher de um líquido com gosto de ferro, sei que é sangue.

— Você é uma vadia ingrata! Quando você precisou, eu é quem estava ao seu lado! Eu cuidei de você quando aquele garoto nasceu! Eu! Ele estava furioso.

Com a mão direita em meu rosto e cuspindo o sangue no chão do carro mesmo, lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Percebo que o caminho que o carro faz não é o do sítio, olho para ele e questiono.

— Está me levando pra onde?

— Você acha que sou burro de te levar para o sítio? Em uma pesquisa rápida na internet, aquele verme vai te achar.

Me calo e só observo o trajeto, eu precisava decorar, se eu tiver oportunidade de fugir, preciso pelo menos saber pra que lado ir.

Paramos em frente uma cabana pequena, toda de madeira, mas em um estilo chic. A cabana ficava cercada de árvores, como se fosse uma mata, sinto meu corpo todo se arrepiar, tenho certeza que mesmo que Lyon quisesse me encontrar, aqui seria impossível.

Sou arrastada mais uma vez, só que agora pra dentro da cabana, tento por extinto me soltar de seu aperto mas é em vão, Sandro é muito mais forte que eu.

Sou jogada em cima de uma cama com brutalidade, logo em seguida sinto o preso de Sandro em cima de mim.

— Uma ano doido pra te comer e você fazendo cú doce, enfim chegou o momento... De hoje não passa!

Ouvir essas palavras sair da boca dele faz meu estômago embrulhar, nem que eu morra, mais nunca vou deixar ele me tocar, não vai mesmo!

— Pra você me tocar, terá que me matar primeiro! Digo entre os dentes, virando meu rosto, o impedindo de me beijar.

— Veremos! É só o que ele diz, saindo de cima de mim.

Depois que Sandro saiu do quarto, trancando a porta, me encolhi toda na cama e chorei por horas até pegar no sono.

Sou acordada ao ouvir o barulho da porta sendo aberta, em uma cômoda é deixado um prato de comida e água, mas nem me dou ao trabalho de me levantar, não estou com fome.

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora