Complexo de Israel - Segundo ato. Degustação

Capítulo especial Sandro

Sandro...

Eu sabia que na primeira oportunidade aquela vagabunda iria correr para os braços daquele filho da puta, eu não sou bobo, deixei ela ir para aquele lugar imundo, mas coloquei rastreador no celular dela.

Pelo aplicativo consigo vê a localização dela exata e sei que por volta da hora do almoço ela saiu do tal postinho só que ao invés dela ir pra casa ela vai para algum lugar daquela favela, aposto que é a casa do traste!

Fico aliviado em vê que ela não fica muito tempo nesse local, isso significa que ele não conseguiu comer ela.

Quando deixei Majú ir vê o tal Kadu, passei pra ela que eu não iria para o Rio por motivos de trabalho, mais eu menti.

Eu tinha certeza que ele tentaria algo para resgata-la então dei um passo a frente deles, eu só não esperava que ela fosse capaz de entregar o filho, porra, isso me deixou furioso! Eu tenho apego ao moleque que apesar de ser sangue do otário, eu vi nascer, eu cuidei quando ele teve cólica, eu!!! Eu sou o pai dele, pai é quem cria.

Eu estava pronto para ter o que era de direito meu, já que cuidei dela e do Leon por um ano, aquela mulher seria minha de qualquer forma, sonhei muito com isso, só que a puta me encravou um garfo na perna fazendo eu recuar.

Estou em uma sala do galpão esperando um médico chegar para fazer um curativo em minha perna quando meu celular toca.

Ligação on...

Sandro: Oi pai, aconteceu alguma coisa?
Já vou perguntando assim que atendo o telefone , meu pai não é muito de ligar.

Prefeito: Que porra você está aprontando Sandro!?
Meu pai grita do outro lado da linha.

Sandro: De que o senhor está falando pai?
Não entendo o motivo desse estresse todo.

Prefeito: Eu não sei a verdade sobre o relacionamento seu e da Majú, mais independente de qualquer coisa, ENTREGUE ELA AO LYON!!!

Sandro: Vou entregar porra nenhuma! Grito também. — E como o senhor sabe que Majú era mulher do Lyon?

Prefeito: Ele entrou em contato comigo, ele está com Renan! Por isso não tínhamos informação dele.

Sandro: Filho da puta! Soco a mesa a minha frente.

Prefeito: Sandro, acaba com essa porra filho, ele já liberou sua irmã uma vez, ele não fará o mesmo com seu irmão... Ele ameaçou enviar pedaços do seu irmão todos os dias... Sua mãe não vai aguentar Sandro! Ela ama aquele garoto como se tivesse saído de dentro dela.

Sandro: Você é prefeito porra!! Manda sua equipe subir aquele morro e matar geral, aciona o exército, sei lá!

Prefeito: Não tem como porra! Ele grita mais uma vez. — Ele me deu 40 minutos, e agora só faltam 35... Entrega essa garota, é uma ordem!!

Sandro: Mas pai...
Tento argumentar mais ele não me dá nem chance de falar.

Prefeito: Qual o endereço? Eu fico em silêncio por um tempo. — Qual o endereço porra!!! Ele grita.

Sandro: Eu amo essa mulher pai... Amo aquele garotinho... Não me faça perde-los por favor! Imploro.

Prefeito: Família em primeiro lugar Sandro! Sempre foi assim, lembra? Essa conversa já se alongou muito Sandro, tenho 5 minutos... Qual a porra do endereço, caralho!

Eu não tive escolha, eu tive que dizer o endereço e após meu pai desligar o telefone eu tinha pouco tempo para deixar o meu recado pro Lyon.

Vou ao quarto que Majú está e com todo o ódio que estou daquele filho da puta, dou uma surra nela.

Deixo ela lá caída e sigo para meu escritório.

Já havia se passado duas horas desde que deixei Majú no galpão, meus pensamentos estavam a mil, eu ia me vingar dele, eu jurava que ia, até que mais uma vez meu telefone toca.

Era um policial amigo do meu pai, ele me passava a informação que Majú tinha acabado de dá entrada em um hospital da capital, ele conheceu ela do dia que não deixou ela sair do bairro, por ordens minha.

— Que se foda!!! Me levanto da cadeira e com minha tropa parto para o hospital que ela está, se Majú não for minha, não será de mais ninguém!!! Eu amo meu irmão, mas não vou deixar Lyon ganhar essa!!

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maryaguiar_escritora