07- Festa

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Acordo um pouco antes de meu alarme, me reviro na cama e fico olhando para o teto, esperando meu cérebro ligar e eu conseguir saber pelo menos que dia é hoje.

Me levanto e tomo um banho para despertar melhor, me arrumo e acabo me distraindo com a vista da varanda, fiquei um pouco lá observando o local ao redor do hotel.

Já eram oito horas, Lucas estava escorado na porta me esperando, só precisava terminar de colocar meu tênis.

Descemos para a recepção e pedimos um taxi para nos levar onde Lucas queria. No caminho fiquei com fone nos ouvidos tocando qualquer música em inglês.

Já tínhamos chegado, o lugar era tipo um Starbucks, eu estava sentada na mesa, admirando o local, Lucas estava no banco em frente, já tínhamos feito o pedido.

–O que você falou pra eles? –Pergunto para Lucas que desvia o olhar do celular, passando a me encarar confuso. –Pros meninos lá.

–Oxi, porquê? –Ele pergunta parecendo estar mais confuso ainda.

–Sei lá, pararam de falar comigo do nada. –Sim, sou paranoica, mas é que do nada durante o jantar ninguém chegou em mim pra conversar. Bom, Richarlison falou comigo.

–Só falei pra pararem de gracinhas pra cima de você, e que você só tem dezessete anos ainda. –Ele explica. –O pombo pareceu não ligar muito pra isso não.

–Porque ele só quer amizade, mas Antony nem falou comigo ontem, fiquei meio sem entender, será que fiz alguma coisa?

–Acho que ele não queria só amizade não viu. –Ele fala e começa a dar risada por ver minha expressão de " como assim?? ". –Estou brincando maninha, talvez ontem ele só estava pensando em outra coisa, que ocupasse a cabeça dele, sei lá.

–Você acabou minhas chances com o Ney. –Falo brincando num tom de choro.

–Para de graça. –Ele fala e o garçom chega com nosso café.

Depois de tomarmos o café, Lucas resolveu me levar para passear um pouco por ali, ele me conta que os treinos vão começar hoje a tarde, isso é motivo pra eu ficar um pouco triste, não vou ter ninguém pra encher o saco durante a tarde, apesar que nesse horário eu estou dormindo, mas independente, e pior que vai ser assim até essa "não copa" acabar.

**

Estava cansada de ficar dentro do quarto fazendo nada, então resolvi ir pra recepção para continuar fazendo nada, lá tem um sofá super confortável, fiquei sentada nele, óbvio. Depois de um tempo, Antony também foi à recepção, se sentou do meu lado e ficamos papeando, ele que iniciou a conversa, pedindo desculpas por não ter falado comigo no jantar, talvez Lucas tenha falado com ele.

Meia hora conversando e só aí percebi que estava com minha cabeça deitada no colo de Antony e ele fazendo cafuné no meu cabelo.

Quando isso aconteceu??

Pelo menos eu já tinha certeza que entre eu e ele só existe amizade, por parte dos dois.

–Você conversa com todo o seu time? –Pergunto curiosa e ele fica sem entender.

–Mais ou menos, mas por que a pergunta?

–Me arranja o Garnacho então. –Falo com um sorriso malandro no rosto, ele revira os olhos. Era brincadeira, claro, mas vai que... –Não custa tentar, né.

–Ele namora, dama. –Ele fala rindo um pouco, ainda mexendo no meu cabelo.

Finjo um choro fazendo ele rir mais ainda, ficamos conversando por mais meia hora, não ficamos mais porque ele teve que voltar para seu quarto, saí da recepção também, não tinha mais ninguém lá, eu não queria ficar sozinha.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora