16- Festinha noturna

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Eu estava sentava no banco de trás do carro que Richarlison havia alugado, mas não era ele que estava dirigindo, ele não tem carteira ainda hahaha.

–Que tipo de festa é essa que começa dez da noite? –Richarlison pergunta incrédulo, provavelmente ele só vai à festas umas meia noite.

–Na última festa, não fomos num horário muito diferente não. –Falo e ele tenta se lembrar.

–Quem vai dirigir o carro depois da festa? –Neymar pergunta sem tirar o olho da pista. –Porque eu que não vou.

–Eu e Richarlison nem podemos pensar. –Falo rindo e os meninos começam.

–Ah que isso, Richarlison dirige melhor que todo mundo nesse carro. –Raphinha tira sarro do amigo.

–Rapaz, quando ele tirar a carteira, ele tem que ter um carro de cor inconfundível, aí quando ver ele na rua, já é bom passar longe. –É a vez de Antony zoar.

–Vai nessa, eu passo por cima de vocês. –Richarlison também entra na onda.

–Chegamos. –Neymar anuncia.

Entramos no local e logo fui cumprimentar quem já havia chegado. Estava tudo escuro, a única iluminação era as luzes coloridas que passeavam pelo lugar. Decidi ficar conversando Martinelli, não me lembro de ter falado com ele ainda.

–Aqui para você e para você. –Richarlison aparece do nada entregando uma bebida a nós dois.

–Charlin, eu não posso beber. –Falo tentando entregar o copo de volta a ele.

–Hoje pode. –Ele fala saindo e deixando o copo comigo.

–Vai beber mesmo? –Martinelli pergunta.

–Ah, um pouquinho não faz diferença né?

Ficamos conversando mais um pouco, conversa essa que acabou quando Antony chegou puxando ele, falando "vou pegar ele emprestado rapidinho". Acabei por ficar sentada num cantinho da festa, sem muita gente ou iluminação. Observando a movimentação da festa, entediada, ficando com sono, vejo Richarlison aparecer na minha frente – com bebidas na mão.

–Está com sono, morena? –Ele pergunta, era tão perceptível assim?

–Bastante.

–Toma isso, vai ajudar. –Ele me entrega um dos copos que estavam em sua mão.

Encarei o líquido por um tempo, mesmo sem saber se ia me ajudar a dormir ou a me despertar, virei o copo sem pensar.

Eu não posso beber.

Agora já foi.

–Aeee. –Pombo comemorou. –Agora vem.

Ele me puxou até a pista de dança, que estava lotada. Tentei prestar atenção na letra da música que estava tocando e comecei a dançar, foi aí que perdi meu sono totalmente, ele não mentiu quando falou que aquela bebida iria me ajudar.

As vezes dava risada do jeito desajeitado de Richarlison dançar, ou ele realmente não sabia dançar, ou ele já estava alterado.

Conseguiu ficar mais divertido ainda, quando juntou vários jogadores perto de mim e começamos a dançar "bonde das maravilhas". Estava tudo uma loucura!

Em meio disso, Richarlison me entrega mais um copo, eu já não tinha consciência se eu podia ou não, – e pelo jeito nem ele.

–Ela não pode beber. –Escuto Martinelli dizer para Antony.

–Ei, toma isso aí não, dama. –Antony fala tirando o copo de minha mãos. –Toma essa, é mais fraca. –Ele me entrega outro copo e bebo.

Ficamos a noite inteira dançando, conversando, se divertindo e eles bebendo, eu só bebia os copos que Richarlison de vez em quando me trazia, mas em compensação, bebia alguns poucos copos de água.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora