32- Principessa Lara

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Pablo Gavira~

Fazia exatamente vinte e nove minutos e aproximadamente trinta e dois segundos que eu encarava a tela do celular pensando no que mandar para Lara. Antes eu hesitava em mandar um "oi", agora tenho que mandar "oi Lara, eu beijei umas meninas numa festa enquanto estava mais bêbado que o Pedri, se isso é possível". O tanto que me arrependo de ter ido naquela boate, não está escrito.

Escutei umas batidas na porta do meu quarto. Me levantei da cama e fui ver quem era. Se fosse Pedri, eu já lançava o celular na cabeça dele.

–Eai Gavira! Tá fazendo o que? –Ansu pergunta logo após eu abrir a porta. Dei espaço para ele entrar.

–Pensando em como mandar para a Lara que eu "traí" ela, antes que qualquer filha da puta fale. –Faço sinal de aspas com os dedos.

–Há quanto tempo? –Ele olha para o celular jogado na cama com a tela ligada.

–Pouco mais de meia hora. –Meus olhos acompanhavam Ansu pegar o celular e segurar a risada ao ver que eu ainda não havia escrito nada. –Se você rir... –Eu o ameaço apontando o dedo indicar para ele.

–Eu? Rir de você?? Jamais! –Ele levantou as mãos em forma de rendição enquanto um sorriso surgia em seu rosto. –Vai descansar um pouco a cabeça fazendo outra coisa, quando você voltar, talvez consiga escrever pelo menos uma letra. –Ele ri ao terminar de falar. Dou um tapa na sua nuca e o repreendo com o olhar. –Tá, parei.

Lara Tolentino~

Filippo fez o favor de levar eu e Matteo na quadra de basquete do condomínio – já que o carro do Matteo ficou em Brighton e Filippo já havia deixado claro que não deixaria ele dirigir seu carro ou o carro dos pais nem se Matteo estivesse morrendo –. Antes eu não tinha percebido, talvez por estar super bêbada, mas o carro era uma Ferrari Purosangue, de quatro lugares. Foi com ele que Filippo nos buscou.

Nem sei como todo mundo coube no carro hahaha.

Inicialmente, Matteo tinha pedido o carro de seu irmão, que também é uma Ferrari – claro que é, o sobrenome deles é literalmente Ferrari, seria meio hipócrita se não tivessem uma, apesar de que o carro de Matteo não é hahaha – mas Filippo praticamente humilhou ele, falando que não confiava o carro nas mãos de Matteo. Por isso Filippo que iria dirigir, mas isso não seria possível, pois seu carro tem apenas dois lugares, então acabamos indo com o carro dos seus pais.

Eu e Matteo ficamos jogando até tarde. De começo tive uma breve aula de como jogar, depois já fiquei craque e ganhei de Matteo duas vezes – duas vezes de vinte e três rodadas –. Não havia ninguém na quadra, por isso o jogo foi eu contra ele. Depois de um tempo sendo massacrada, Filippo tentou me ajudar, mesmo sendo meio injusto já que seria dois contra um e Filippo sabe jogar muito bem. Quando Matteo tentou fazer uma marcação individual, Filippo fez um spin back e lançou a bola para mim – que estava posicionada onde ele havia pedido – e eu a joguei em direção à cesta. A bola ficou rodando em volta da cesta enquanto nós olhávamos atentamente, depois de um tempinho, entrou na cesta. Eu e Filippo comemoramos e nos abraçamos.

Foi um trabalho em equipe!

(Equipe: Filippo e Filippo).

Ficamos bastante animados por ser o último ponto. Matteo revirou os olhos e cruzou os braços.

–Parabéns, casal. –O irmão mais novo sorria provocando, indo em direção ao carro.

Nem reclamei, apenas me virei para ele e fizemos um toque de mão improvisado.

Filippo nos levou de volta para casa. Eu fui direto ao quarto para arrumar minhas coisas. Amanhã já vamos ao Qatar para ver o jogo, vou aproveitar e já ficar lá.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora