𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo Gavi

42- "Prazer, Lara"

Quando você está perto de pessoas que você gosta, o tempo passa voando. Foi isso que pensei enquanto estava dentro de um táxi voltando para o hotel.

Eu já fiz tudo o que eu tinha para fazer em Londres, por isso decidi voltar para o Qatar, até porque o dia que eu vou ter que fingir ser namorada de alguém já está bem próximo.

Na verdade é amanhã.

Eu estou morrendo de sono, não consegui dormir nada no avião e agora meus olhos estão ardendo e avermelhados, estou com dor de cabeça e minhas pálpebras parecem pesadas, consequentemente me fazendo piscar lento.

Agradeci mentalmente quando finalmente chegamos no prédio, o motorista ajudou a descer as malas e eu entrei no prédio com elas, depois não precisei me preocupar com isso, pois um cara do hotel me ajudou levando-as.

Subindo o elevador, eu já estava quase caindo de sono, minha cabeça já não pensava mais direito e eu só queria deitar na minha cama e dormir.

Após as portas se abrirem, eu fui indo até o meu quarto, mas alguém me interrompeu antes de eu pelo menos pensar em onde estava o cartão para eu abrir a porta.

–Oi, Lara! Fazia um tempo que eu não te via aqui no hotel. –Martinelli fala atrás de mim sorrindo, fiz o maior esforço para deixar meus olhos abertos.

–Oi, Martinelli! –Eu o abracei sem pensar direito, ele retribuiu o abraço. Estava tão confortável, que meu corpo resolveu que ali seria o melhor lugar e momento para se "desligar".

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Abri meus olhos com um pouco de dificuldade, pois uma luz invadia todo o cômodo, respirei fundo e me espreguicei, observando atentamente ao meu redor.

Não consegui conter a minha cara confusa quando vi Gabriel Martinelli entrando no quarto, fiquei mais em espanto ainda, quando percebi que esse era o quarto dele.

–Bom dia, Lara. –Ele falou se sentando na cama, logo se corrigiu. –Boa tarde né, no caso.

Levantei a parte superior do meu corpo com a ajuda dos meus braços e olhei para ele com os olhos semicerrados, tentando lembrar meus últimos passos antes de apagar.

–Rapaz, eu nunca vi alguém dormir tanto. –Martinelli brincou enquanto eu procurava pelo meu celular para conferir o horário. –Toma, trouxe um copo d'água para você, imaginei que estivesse morrendo de sede depois dessa hibernação.

Fingi cara de deboche para ele e agradeci pela água, eu realmente estava com muita sede, parecendo que eu não bebi nada há uns três dias.

–Só para deixar claro, eu não dormi junto com você, ok? Te deixei aqui e fui dormir lá no quarto de Antony em um colchão emprestado pelo hotel. –Eu fiz um sinal de jóia com a mão e comecei a beber minha água. –Não vai falar nada?

–Que horas são? –Perguntei me ajeitando para sentar na cama, cocei os olhos e bocejei.

–Seis e pouco. –Estranhei bastante por Gabriel ter exagerado o quanto dormi, sendo que ainda nem escureceu totalmente. Ele percebeu isso, deu um sorrisinho e continuou a falar. –Você dormiu mais de dezesseis horas, bela adormecida.

Arregalei os olhos de imediato, desesperadamente fui procurar meu celular, quando achei, a primeira coisa que fiz foi olhar o horário e principalmente o dia, só para ter certeza que Martinelli não enlouqueceu.