15- Estreia

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Eu já estava à caminho do estádio, um carro me levava junto com Duda (a esposa de Lucas) e seus dois filhos, não faz muito tempo que ela chegou aqui no Catar.

Mandava mensagens ao Gavi me certificando que ele estaria no lugar do estádio que combinados para nos encontrar.
Eu vou lhe emprestar umas das camisas do Brasil que ganhei, dei o direito de ele escolher qualquer uma, – menos a do Ney, óbvio. Aquela ninguém rela – ele optou por escolher a do Raphinha e agora estou levando a camisa 19 em minha mochila.

O caminho era curto, não demorou muito para chegarmos. Duda foi em direção à sala dos familiares e eu fui a procura de Gavi, numa sala que ele sugeriu me esperar, que sinceramente, é um pouco difícil de encontrar, porque o tanto que eu demorei para achar aquela bendita salinha, não está escrito.

Abro a porta da sala e vejo Gavi sentado num sofá, mexendo no celular, ele percebe que entrei e logo levanta para me abraçar.

–Oii Lara! –Ele cumprimenta me abraçando.

–Oii Gavi! –Retribuo o abraço.

Entrego a camisa à ele que, a coloca com uma expressão não muito boa, não julgo, quando vesti a da Espanha fui pior.

–Vamos? A Duda está nos esperando. –Falo e ele assente.

Eu contei para Duda sobre Gavi e que ele viria ao jogo, ela disse que estaria de olho em nós, mesmo antes disto, tendo falado que super apoiava o nosso namoro que nem temos.

Fomos para a sala em que Duda estava, o caminho até lá foi bem mais fácil do que eu imaginava.

Quando entramos, vou até perto dela e me sento no sofá de lá, Gavi cumprimenta ela e logo se senta ao meu lado, ele estava tímido, eu diria.

Enquanto o jogo não começava, nós três estávamos apostando qual seria o placar do jogo.

–Aposto que vai ser 3 à 1 para o Brasil, minha sincera opinião, Marrocos faz no máximo dois gols. –Falo.

–Já eu acho que vai dar 3 à 2 em vantagem para o Brasil, Marrocos deve ser bom, na copa massacrou a Espanha. –Duda brinca e logo percebe o que acabou de dizer, Gavi na brincadeira coloca a mão no peito como se estivesse ofendido e Duda tenta consertar a frase. –Quero dizer, na copa Marrocos foi muito bem né, mas o Brasil é melhor!

–Meu palpite é igual, realmente, Marrocos é bom, mas o Brasil ainda é melhor, vocês conseguem ganhar. –Ele fala se referindo à seleção brasileira. –Estou torcendo para isso acontecer.

–Você está torcendo para um rival ganhar? –Duda pergunta confusa.

–Estou torcendo para Marrocos perder, é diferente. –Ele explica e eu dou risada, me identifiquei muito com seu comentário.

Não foi isso que escutei.

–Igual eu torcendo para a Croácia perder.

–Não estava torcendo para nós? –Ele pergunta um pouco ofendido e Duda parece não entender muito a nossa conversa.

–Óbvio que não, rival. Só queria ver aquela mocreia daquela toalha de mesa de piquenique perder. –Falo e Duda ri entendendo do que estou falando, ela ainda não sabe que fui ao estádio assistir esse jogo ontem. –Você também não está torcendo para o Brasil, estamos quites!

**

Já estávamos sentados em nossos devidos lugares no estádio, o jogo já havia começado, estava bem movimentado, com várias finalizações e faltas.
Aos 36 minutos um dos jogadores de Marrocos recebe a bola e tenta fazer um gol de bicicleta, não gosto de admitir isso, mas se ele acertasse, seria um gol até que bonitinho.
A defesa do Brasil estava ótima, mesmo eu não entendendo 100% de futebol percebi isso, até Gavi comentou.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora