10- Saída de noite

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Eu já estava pronta, me arrumei o melhor possível, não vesti uma roupa muito chique por não saber em qual restaurante Gavi iria me levar, mas ainda sim, estou lindamente arrumada, com meu vestido preto curto e colado, amo ele, mesmo nunca tendo usado por ser novo.

Terminei de passar perfume e, pela última vez me olhei no espelho. Vejo o horário e já são quase sete horas. Ajeito melhor o vestido em meu corpo, pego meu celular e saio do quarto, não gosto de usar bolsas, por isso levei o celular na mão.

Tento sair discretamente, para ninguém perceber, nem mesmo meu irmão. Lembra que eu falei que não via necessidade de esconder algo dele? Pois é, agora eu também não via, mas não quero que ele saiba, pelo menos não agora.

Entro no elevador e clico no botão do térreo, sinto meu celular vibrar com uma notificação, era Gavi, falando que já estava em frente ao hotel. Logo após eu responder sua mensagem, as portas do elevador se abrem e eu saio, olhando ao redor para ver se ninguém estava ali.

Indo em direção a porta vejo Duda na recepção, olhando pra mim de um jeito bem "Saindo escondido né", com um sorrisinho no rosto, eu apenas sorrio de volta e finalmente saio do hotel, me dando a visão de um Gavira sorridente encostado na porta do carro.

Me aproximo dele também sorrindo, damos um abraço, ele me elogia e retribuo o elogio, entro no carro, após ele fazer questão de abrir a porta para mim e me acomodo no banco.

–Eai Lara! 'Tá bonitona hein. –Pedri fala, começando a dirigir.

–Oi Pedri! –Respondo sorrindo com vergonha. –Obrigada.

Estava tocando algumas músicas espanholas no rádio do carro, mas tirando isso, ficou um silêncio ensurdecedor dentro do carro, ninguém abriu a boca pra falar um "a", o que me deixava mais nervosa do que eu estava.

Chegamos no restaurante, – ele era muito lindo e ainda por cima de frente para a praia – eu me despedi de Pedri e saí do carro, com novamente, Gavi abrindo a porta para mim, eu realmente não achei necessário, mas ele insistiu. Pedri só veio para nos levar, por isso depois de entrarmos no local ele foi embora. Escolhemos uma mesa e nos sentamos.

–Sua perna melhorou? –Gavi me pergunta quebrando o silêncio entre a gente.

–Melhorou. –Falo sorrindo leve, fico estralando os dedos sem perceber, até que ele me olha com a testa franzida e com um sorrisinho.

–Está nervosa? –Ele pergunta quase rindo do meu desespero.

–Eu? Claro que não, na verdade, por que estaria?

–Ah, não sei, é só porque está estampado na sua cara isso. –Ele responde sorrindo.

–Impressão sua. –Falo. –Mas por que eu estaria nervosa?

–Me responde você, por que está nervosa? –Ele questiona com o sorrisinho dele.

Estou ficando nervosa de tanto escutar a palavra "nervosa"

–Não estou... mas se por um acaso eu estivesse, talvez seria porque nunca saí assim.

–Então, por algum acaso, é sua primeira saída a noite? –Ele pergunta.

–Claro que não, já saí várias vezes a noite. –Respondo e ele me olha como se fosse voltar com a pergunta "por que está nervosa?" –Não era para eu estar nervosa, eu nem sei porquê estou, é só um jantar entre eu e você, nada demais.

–Você só não está acostumada. –Ele fala, ué, acostumada a quê? Faço cara de confusa, fazendo com que ele continue a falar. –Acostumada a sair com uma pessoa tão bonita como eu.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora