Esse capítulo vai ser inteiramente narrado por Gavi!
Pablo Gavira~Pedi para Pedri me levar no hotel onde Lara está hospedada só para eu devolver a camisa de time – limpa – que ela havia me emprestado ontem no jogo do Brasil.
Era manhã ainda, acredito ser quase oito e meia, talvez ela nem tenha acordado ainda. Eu queria entregar a camisa o quanto antes, para eu não esquecer de devolver e para ela não achar ruim, mesmo tendo falado " fica despreocupado Gavira, entrega quando poder entregar, sem problemas ", bem, eu posso entregar agora né.
Enquanto meu amigo dirigia, eu mexia no celular. Quando viramos numa esquina próxima ao hotel, guardei o aparelho no bolso e começamos a conversar.
–Você não podia ter me acordado mais tarde para te trazer não? –Ele fala sonolento ainda.
–Não. –Respondo.
–Ei, aquela garota não é a sua namoradinha? –Ele pergunta após passarmos por uma menina que andava cambaleando se segurandos nas paredes, provavelmente ela estava um pouco MUITO alterada por álcool.
Tento observar melhor pelo retrovisor e realmente, ela se parece bastante à Lara, talvez porque seja ela.
–Para o carro. –Peço quando percebo.
Saio do carro e vou imediatamente até a garota, estar nessas condições, não é coisa que ela normalmente fica, a única vez que vi ela assim, foi na festa que os jogadores foram escondidos, talvez ela tenha ido para alguma festa.
–Você está bem? –É uma pergunta muito idiota a se fazer, eu admito.
–Claro que estou. –Ela fala de um jeito estranho, me dando a certeza que não, ela não estava.
–Quanto você bebeu? –Pergunto preocupado.
Ela levanta a mão, na altura do olho e, com muita atenção, começa a medir um tamanho com o dedo polegar e o indicador.
–Mas isso é muito pouco para você estar desse jeito. –Falo confuso, Lara havia feito com os dedos um tamanho de apenas cinco centímetros.
–Multiplica por... –Ela começa a pensar. –Uns seis copos. –Arregalo os olhos, eu não sabia se o copo era grande ou não, mas ela bebeu bastante, aliás, ela nem pode beber.
–Vem comigo, vou te levar para o hotel. –Abraço Lara de lado e lentamente levo ela até o carro, impedindo-a de cair.
Ajudo ela a entrar no banco de trás e logo entro no banco do passageiro, na frente.
Eu observava a garota pelo retrovisor interno as vezes, ela estava com os olhos vidrados em seus dedos, que ainda mediam os cinco centímetros que representava o quanto ela bebeu a noite.
O que será que se passa em sua cabeça?
Mas não demorou muito para ela encostar a cabeça na porta do carro e dormir, ela parecia não ter dormido durante a noite, pelo sono e pelas olheiras.
Quando chegamos, Pedri estacionou em frente ao prédio, saio do carro e com cuidado, abro a porta e pego Lara no colo.
–Pode ir, vou ficar aqui para ajudar ela. –Falo para meu amigo que assente e vai embora.
Levo Lara até o corredor de seu quarto, tive que acordá-la para abrir a porta que estava trancada. Ajudo a garota ir até o banheiro, sento ela no chão do Box e tiro seu tênis e as várias coisas que estavam nos bolsos de sua calça, ligo o chuveiro na água gelada e a deixo lá por alguns minutos.
Procuro pelo quarto algumas roupas confortáveis para que Lara possa usar, e uma toalha. Entrego as coisas a ela que, estava com as roupas encharcadas, molhando um pouco o lugar, e saio para que ela possa se trocar.
Fiquei sentado na beira da cama esperando, indo de dois em dois minutos na porta para me certificar que ela estava bem. Admito que fiquei com medo de ela acabar se enforcando sem querer com a blusa, ou escorregando quando fosse colocar a calça e coisas do tipo.
Não demorou muito e a garota saiu do banheiro, devagar e concentrada para não cair, ela se deitou na cama de um jeito desajeitado, com cara de sono.
–Está melhor? –Pergunto.
–Sempre estive –Ela responde com a voz ainda meio enrolada.
Nem ela acredita nisso.
–Ah sim, claro, você estava muito bem, andando pelas ruas, bêbada, caindo igual doida. –Ela revira os olhos. –Aliás, o que fazia andando pelas ruas, bêbada, caindo igual doida?
–Fui pegar um remédio na farmácia. –Lara responde simples, me deixando confuso, remédio para quê? –Tem como deixar para fazer perguntas depois? Estou morrendo de sono se não percebeu.
Ela se ajeita numa posição aparentemente confortável e dorme, eu encosto na cabeceira da cama e fico mexendo no celular, eu realmente iria esperar ela acordar.
**
Nem havia percebido quando Lara acordou, ela apenas se levantou e foi até o banheiro, saiu de lá com uma sacolinha em sua mão, tirou uma caixinha de remédio da sacola e tomou um comprimido, sem água nem nada, depois se deitou na cama novamente, mas desta vez, deitou a cabeça em meu colo, fiquei observando atentamente cada movimento dela.
–Você está bem? –Pergunto fazendo cafuné em sua cabeça.
–Se estar com dor de cabeça, dor nas pernas e com uma perna ralada por motivos misteriosos é estar bem, estou sim. –Ela fala ironicamente.
–O que aconteceu ontem? Você se lembra de alguma coisa?
–Fomos a uma festa para comemorar a vitória do Brasil, Richarlison me embebedou, eu dirigi bêbada, fui até uma farmácia para pegar remédio para ressaca e acho que nem paguei a moça... meu Deus. –Ela fala arregalando os olhos ao perceber. –Eu esqueci de pagar a moça.
–E você está preocupada só com isso? –Pergunto levantando as sobrancelhas. –Você é maluca, Tolentino.
–O que veio fazer aqui? –Ela muda de assunto.
–Vim trazer a camisa que você me emprestou.
–Eu te disse para você entregar quando pudesse.
–Eu podia hoje. –Falo conseguindo arrancar um sorriso dela.
**
Lara havia saído do quarto para entregar o remédio ao Raphinha, Richarlison, Neymar, Antony e ela falou mais uns três. Segundo a garota, ela só comprou – sem ter pagado – o remédio por causa deles, e um pouquinho por causa dela também.
Pouco tempo depois, escuto a porta abrir e Lara entrar, fechar a porta e logo se jogar na cama, ficando de barriga para baixo.
–Nunca mais eu bebo. –Murmura e logo se vira. –Acho que eu já falei isso.
–Você pode beber, só não precisa exagerar.
–Consertando sua frase, eu não posso beber, nem tenho idade suficiente para isso.
–Eu sei, mas se de qualquer jeito você for beber, é bom dar uma diminuída. –Aconselho.
–Já disse, nunca mais vou beber.
–Nem você acredita nisso.
–Não mesmo. –Ela ri.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo Gavi
FanfictionLara Tolentino, irmã de Lucas Paquetá, terá que acompanhar o irmão no Catar por uma ideia maluca da Fifa onde todas a seleções foram novamente chamadas para participar de tipo uma temporada no Catar (como se fosse uma champions só que com seleções)...