𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo Gavi

43- Stories

Hoje os meninos resolveram que vão dar um rolê com eu junto, tiveram a ideia quando estávamos jantando em um restaurante fora.

Mesmo não estando com roupas adequadas para uma festa, eles já estão pensando em ir sem nem passar no hotel antes para se trocarem, mas nem me incomodei com isso, estou bonita, é isso que importa.

No momento estamos no carro, Neymar dirigindo e Richarlison no banco do carona, Antony e Vinícius Junior ocupando todo o espaço nos bancos de trás e eu apertada entre eles.

Lucas tem total noção de que eu estava jantando com eles num restaurante, mas não que estamos saindo para uma casa noturna.

Depois que chegamos, saímos do carro e entramos na imensa festa, não nos separamos, fomos em grupo pegar uma bebida para começar a noite, até o motorista resolveu que iria beber, já estava até vendo quem ia dirigir para voltar – spoiler: essa pessoa não tem carteira e nem idade.

Quando virei a quinta dose de vodka quente para dentro, percebi que eu nem sentia mais a bebida descer ardendo na garganta.

Ou será que era a sexta dose?

Fiquei bastante animada quando escutei uma música brasileira soar pelo local, com um sorriso no rosto, segurei o braço de Richarlison e o levei até um lugar mais próximo do som, incentivei ele a dançar e caí na risada quando vi sua dança desengonçada.

Antony chegou em mim com dois copos, aparentemente um de água e o outro era com um líquido rosa.

–Aqui, dama, toma um pouquinho de água. –Peguei o copo e tomei um pouco da água, ele esperou eu beber e logo me entregou o outro copo. –Agora experimenta esse licor aqui, é muito bom!

Virei o copo de uma vez sem pensar duas vezes, após engolir a bebida, senti a garganta queimando, consequentemente fiz uma careta e Antony riu de mim.

–Era para você beber devagar, dama, licor é forte. –Ele falou sorrindo enquanto eu bebia água novamente. –É doce né?

–Demais. –Sorri de volta.

Os meninos se juntaram com a gente e começaram a dançar, aproveitando que só estava tocando músicas brasileiras famosas, dancei junto com eles.

Não sei se era pela bebida ou por dançar muito, mas eu estava com muito calor e suando bastante, aproveitei para pegar uma bebida gelada e sem álcool para me refrescar, pedi uma aleatória para o barman.

–Aqui está sua Margarita. –O homem me entregou uma taça de vidro com o líquido levemente verde claro, deve ser de limão.

Enquanto eu bebia, Richarlison apareceu do meu lado para pedir um Martíni, ele estava todo sorridente, ri quando ele pegou sua bebida, foi em direção aos meninos e quase tropeçou no caminho. Segui ele acompanhando seus passos, abracei a lateral do seu corpo a fim de tentar não deixá-lo cair – como se fosse adiantar de alguma coisa.

–A gente tinha que tirar uma foto, morena. –Pombo falou de repente, não achei uma má ideia.

Ele me entregou seu celular, eu abri na câmera, liguei o flash e estiquei o braço esquerdo para tirar a foto, nós fizemos bico e um "telefone" com as mãos – um jóia com o dedo mindinho levantado –. Após a selfie ser tirada, eu devolvi o celular para ele, que ficou analisando a foto, sorrindo, logo ele entrou no Instagram e postou nos stories. De repente seu sorriso se desmanchou e sua expressão se transformou em confusão.

–O que foi? –Perguntei olhando a foto e não vendo nada de errado.

Richarlison segurou minha mão direita surpreso, assim percebi que ele tinha visto a aliança no meu dedo anelar.