Peguei o remédio que comprei e fui passando pelos quartos dos jogadores que haviam pedido.
Cheguei na frente do quarto de Richarlison e bati na porta, na terceira batida ele abre e eu já entro, sem ao menos ele me convidar.
–Vai chegar entrando assim? –Ele fala fechando a porta.
–Vou. –Respondo me sentando em sua cama.
Entrego o remédio a ele que agradece e já toma, provavelmente ele estava precisando bastante, o tanto que bebeu naquela festa.
–Que caralhos você tem nessa sua cabeça, pombo? –Pergunto alterando a voz, fazendo ele ficar confuso. –Você me encheu de álcool, porra.
–Me desculpe se você estava aceitando tudo! –Ele responde irônico.
–Nem vem! Você nem podia ter oferecido.
–E você não podia ter aceitado, nós dois estamos errados nessa.
Ficamos sentados na cama, um do lado do outro, ambos olhando para baixo em silêncio. Para provocar, dou um leve tapinha em seu braço.
–Você está mais. –Sussurro.
–Você que está. –Ele sussurra e devolve o tapinha.
–Você! –Empurrei seu braço.
–Você ô garota. –Ele dá um empurrão, me fazendo cair da cama.
Enquanto eu estava no chão reclamando de dor, Richarlison ria da minha cara.
Que ódio.
Ele estende a mão em minha direção, eu a seguro e levanto, ele me puxa para um abraço.
–Desculpa Lara. –Ele fala rindo um pouco.
–Eu te desculpo Richarlison. –Dou um pausa e continuo. –Por você não perceber que está mais errado que eu.
Tento sair do quarto o mais rápido possível para não escutar ele falando que estou mais.
Vou ao meu quarto com um pouco de dor no braço, fecho a porta e me jogo na cama, ficando de barriga para baixo. Eu ainda estava com um pouco de dor de cabeça e dor nas pernas – ainda mais depois que eu caí.
–Nunca mais eu bebo. –Murmuro para Gavi, com a cara enfiada no travesseiro, deixando minha voz abafada. Acabo me lembrando da última festa que fui. –Acho que já falei isso. –Falo me virando para cima.
–Você pode beber, só não precisa exagerar.
–Consertando sua frase, eu não posso beber, nem tenho idade suficiente para isso.
–Eu sei, mas se de qualquer jeito você for beber, é bom dar uma diminuída. –Ele aconselha.
–Já disse, nunca mais vou beber.
–Nem você acredita nisso.
–Não mesmo. –Concordo rindo.
Fico olhando para o teto, com um total de zero pensamentos em minha mente, só existindo ali, sem nem perceber, até que volto para a realidade com um barulho que Gavi faz.
Rolo na cama para chegar mais perto do criado-mudo e pego meu celular. Ligo a tela e aparece nitidamente 11:14, estava quase na hora do almoço.
–Quer sair para almoçar? –Pergunto.
–Não, fica tranquila, eu já vou voltar para o hotel.
–Tem certeza?
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𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo Gavi
FanfictionLara Tolentino, irmã de Lucas Paquetá, terá que acompanhar o irmão no Catar por uma ideia maluca da Fifa onde todas a seleções foram novamente chamadas para participar de tipo uma temporada no Catar (como se fosse uma champions só que com seleções)...