23- Sentimento confuso

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20:00 p.m., como combinado, lá estava González escorado na porta de seu carro, me esperando em frente ao hotel.

Não me atrasei, passei pelas portas de entrada exatamente no horário, ao nos encontrarmos, nos cumprimentamos e ele abriu a porta da frente para mim, me ajudou a entrar e fechou a porta.

Cavalheiro ele hahaha.

Ele rodeou o veículo e entrou na parte do motorista, logo dando partida no carro.

–'Tá bonitona hein. –Pedri elogia, pensa um pouco e completa. –Com todo respeito.

–Obrigada. –Respondo sorrindo.

Vamos para um restaurante chique, estamos bem trajados, acredito que minha roupa seja adequada para a ocasião, estou usando um vestido curto, vermelho escuro de seda – nunca usei – com um salto da mesma cor – desconfortável 'pra caralho, mas eu não tinha outro então foi esse mesmo.

No carro, ficamos conversando, o rádio estava ligado no volume baixo, tocando músicas espanholas da playlist de Pedri, deixando o ambiente confortável.

O local estava um pouco cheio, havia vários carros estacionados perto da entrada, Pedri teve que deixar o carro um pouco mais longe.

Ele abriu sua porta e saiu, eu fiz o mesmo, arrumei meu vestido e comecei a andar em direção ao restaurante, Pedri do meu lado.

–Eu ia abrir a porta para você. –Ele murmura, me fazendo dar risada.

–Não precisa fazer isso.

–Estou tentando ser legal e você não está me ajudando, Tolentino. –Ele brinca.

–Ok, González, eu deixo na próxima.

Entramos e Pedri foi me guiando até um lugar mais vazio de lá, sentamos numa mesa no cantinho, uma mesa bem arrumada, o restaurante inteiro era assim na verdade, bem bonito e caro.

–Consegui uma parte mais reservada para que nenhum papparazzi nos veja, não quero boatos sobre mim, ainda mais sobre nós dois. –Ele fala.

–Ofendeu. –Eu também não queria, claro, mas ofendeu um pouquinho.

–Mas eu realmente não quero que pare na Internet que saí com a namoradinha do meu amigo.

–Não namoro seu amigo.

–Por que não? –Ok, essa me pegou desprevenida.

–Por que eu namoraria?

–Ele gosta bastante de você... você também aparenta gostar dele, acho que os dois combinam, minha sincera opinião.

Ele realmente gosta de mim...

–E-eu... eu não tenho certeza.

–Pois pode começar a ter, ele está apaixonado por você!

–Eu não tenho certeza dos meus sentimentos por ele.

O garçom chegou na mesma hora que terminei, impedindo-o de comentar sobre. Eu não conhecia as comidas do restaurante, optei por pedir o mesmo que González, o garçom anotou os pedidos e saiu.

Eu esperava que Pedri fosse falar algo logo após o garçom sair dali, mas não, ele apenas ficou olhando para um ponto fixo na mesa de braços cruzados com cara de pensativo.

–Você considera ele como o que? –Ele me pergunta de repente. –Como amigo?

–Como um melhor amigo, eu acho.

–Melhores amigos não se beijam. –Me acertou em cheio. Sinceramente, não sabia como respondê-lo da melhor maneira, nem eu sabia da resposta, talvez eu estava apenas enganando a todos e a mim mesma.

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora