37- Amigos besties

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Deitada na cama do meu quarto, eu jogava meu celular para cima, fazia uns vinte minutos que eu repetia o mesmo movimento com o telemóvel.

Neste tempo, eu estava refletindo sobre como deve estar Pablo Gavi agora. Eu realmente havia conseguido tirar ele da minha cabeça e praticamente o esqueci, porém lembrei dele automaticamente depois de ler a mensagem que Pedri me enviou momentos antes de eu ficar olhando para o teto e jogando meu celular para cima.

Sinceramente, acho que ele levou isso numa boa, não naquele momento, naquela hora deve ter sido horrível, mas depois, depois ele deve ter esquecido e seguido a vida. Mesmo tendo ficado ao seu lado por este tempo, não tive chances de conhecê-lo muito bem, não faço a mínima ideia de como ele reagiu depois daquele dia, só imagino em algo reconfortante para eu não me sentir mal.

Posso ter deixado o garoto bem mal, ou ele é um cafajeste e já está com outra. Enfim, não posso tirar conclusões sobre Pablo, não o conheço o suficiente para julgar ele assim.

Já estava de madrugada, as luzes do quarto estavam apagadas, recebi outra mensagem de González, desta vez, pedindo confirmação. Pedro queria que a gente saísse para algum lugar agora, mas antes, ele acabou tocando no nome de Gavi ao fofocar sobre alguma coisa que aconteceu no vestiário no dia do jogo da Espanha, foi aí que comecei a pensar nele e sem querer esqueci de responder Pedri.

Pela impaciência, ele optou por fazer uma chamada de vídeo, assim eu responderia mais rápido. Liguei uma luz e atendi.

–Cara, você tem noção de que horas são?? –Pergunto um pouco baixo, com cara desacreditada.

Duas da manhã, e daí? –Ele dá de ombros, não se importando. –Fala sério, Mah, vai me dizer que prefere ficar aí dormindo?

–Claro! –Digo como se fosse óbvio. –Duas horas da manhã, Pepi, duas horas da manhã!

Percebo uma movimentação em sua câmera, Pedri não estava parado.

–Tá fazendo o quê? –Pergunto confusa até ver ele entrando num carro, a partir daí eu fiquei mais confusa ainda.

Tô indo aí te buscar.

–Você o quê?? –Ele literalmente desligou na minha cara.

Depois de aceitar que eu não tinha mais opção de não ir, vesti minha camisa de time de Portugal que Félix me deu de presente hoje a noite – ele fez questão de pedir ao papai Cris uma camiseta autografada só para me presentear – e de resto fui do jeito que eu já estava, só queria estrear a camiseta mesmo.

Após não muito tempo, Pedro mandou mensagem avisando que já estava na porta do hotel. Saí do meu quarto e desci silenciosamente para o térreo, ao sair do prédio já entrei em seu carro.

–Da próxima vez que fizer isso, González, você vai ficar esperando aqui a noite toda, porque eu não vou vir. –Falo irritada, colocando o cinto de segurança.

–Oi para você também, Mah. –Ele sorri amarelo.

–Vai me levar para onde?

–Não pensei ainda.

Então está dirigindo para onde?

Pensei em perguntar isso, mas preferi apenas ficar em silêncio e vendo até onde ele iria nos levar, mesmo tendo quase certeza que seria a lugar algum.

–Para de gastar combustível, encosta logo esse carro em algum lugar, já sabemos que não vamos sair dele. –Falo impaciente.

–Ok, ok. –Ele estaciona numa rua em frente a uma cafeteria aberta. –Bem, Mah...

𝗔 𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗗𝗲 𝗨𝗺𝗮 𝗡ã𝗼 𝗖𝗼𝗽𝗮 - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora