Capítulo 4

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Narrador Pov.

Alguns dias se passaram sem interações diretas da gang.

Todas acabaram se ocupando em seus afazeres e apenas respondiam uma às outras no grupo do line.

- Becky, você está tão perdida o dia todo. Nem tocou no sorvete. – Irin perguntou olhando a amiga que estava imersa em pensamentos.

- Irin... Eu estou pensando em algo.

- O que? Fala logo. – Ela se arrumou na cadeira para ouvir melhor.

- Ah... A Freen, ela namora? – Questionou sem jeito.

- Bom, é complexo o caso da Freen. Ela namora, Heng Asavarid, que é do mesmo nível dela, mesma classe social.

- Hum... – Becky pegou seu milkshake e agora tomava pensativa.

- Mas ela não o ama. – Irin despejou a informação igual despejava calda de chocolate em seu sorvete, e a mais nova voltou a realidade. – Noey me explicou que é algo mais para representar os negócios.

- Mas, por quê? Ninguém merece se relacionar com alguém sem sentimentos. – Perguntou incrédula.

- A cultura já é fechada por si só e a família dos dois são nobres e tradicionais. É uma junção de tudo. – Suspirou. – Por isso agradeço por não ser alguém tão famosa e importante. Posso me relacionar com quem eu sinto que devo e quero estar. Ela não tem a mesma sorte, você precisa ver o Heng atrás dela, ligando, ligando e mandando inúmeras mensagens, é sufocante.

- Ela é uma mulher adulta, deveria ir contra isso e se rebelar. – Falou inconformada e sem pensar.

- Becky, não é tão fácil. Ela foi criada nesse núcleo de obediência. Os avós dela sempre rumaram a vida dela para a direção que eles queriam e ela é filha única, então o peso caiu todo sobre ela.

Becky parou para refletir, Irin tinha razão, era um imenso peso a ser carregado.

- Bom, isso que te contei agora fica entre nós. - Irin piscou.

- Isso soou como se eu fosse correr até a Freen e contar tudo que você acabou de dizer. Não levo conversas, você sabe. – Ela fez uma cara tediosa.

- Eu sei que não vai, mas é precaução antecipada. Agora vamos, tenho que levar Baw para dar uma volta e não quero ir sozinha.

- Tudo bem, vamos.

As duas passaram no apartamento da mais velha e pegaram o garoto animado para dar um passeio.

Cruzaram a rua e caminharam perdidas em uma conversa agradável em direção ao parque municipal.

Bem no meio do trânsito, Freen cruzava a avenida. Havia saído mais cedo do trabalho e resolveu que merecia um bom descanso para esquecer o estresse que havia passado o dia todo. O acontecido não saía de sua mente e a vergonha não diminuía, nunca foi tão descuidada a esse ponto.

Seus olhos pousaram nas pessoas caminhando na calçada do parque bem mais a frente. A mais baixa, era familiar e a outra... Seu pesadelo do dia todo. Sem pensar muito, ela estacionou o carro em uma das vagas em frente a entrada e parou para observar.

Rebecca estava caminhando com Irin, bem tranquila. Ela usava roupas bem casuais, mas a deixaram extremamente bonita. Uma camiseta azul que parecia de time de futebol, talvez inglês e uma calça preta folgada, um tênis esportivo e um óculos escuro no topo dos cabelos.

- Essas roupas são tão deselegante em outras pessoas, mas nela ficam tão bonitas, por quê? – Batucou o volante com as unhas. – Eu devo estar muito estressada ou estou perdendo minha lucidez. – Ligou o carro e deu a ré para seguir caminho.

That British Woman °Freenbecky° Onde histórias criam vida. Descubra agora