Capítulo 32

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Narrador Pov.

O homem com o rosto carmesim, negava com toda sua ira, odiava ser contrariado e não aceitaria ser , muito menos por sua neta. Freen apenas observava toda a cena, perplexa. Nunca havia visto seu avô assim.

- Eu vou te dar uma última chance de acabar com esse assunto. – Ele respirava pesado. – Saia agora desse escritório e ligue para seu noivo dizendo que estava fora de sua consciência e que jamais romperia esse casamento.

- Eu... Não posso meu avô, não quero me casar com Heng. – Sua voz vacilava.

- Está com alguém? Está fazendo fornicação com um qualquer e desonrado sua família? A que preço? Acha que ele pode te dar tudo que damos para você?

Freen se manteve em silêncio.

- Recolha suas coisas já! Se acha mesmo que pode decidir através da libertinagem, pode então cuidar de si mesma. Está desligada da empresa e bloquearei sua conta bancária. Se me esforcei para te dar o melhor e você rejeita, não te darei mais nada. Saia já daqui. – O homem falou levantando da poltrona e a olhando com imensa raiva.

Freen apenas obedeceu e se esforçou para não chorar ali mesmo, na frente de seu avô. Por alguns segundos pensou se tudo isso valia a pena.

*Se eu estiver fazendo tudo isso em vão? Se ela no fim de tudo voltar para a Inglaterra e me deixar aqui de coração partido?*

Cruzou a sala de visitas onde sua avó estava e apenas trocou breves olhares com ela que sentia o coração partir-se ao ver a neta de olhos marejados cruzando por si. Já imaginava como havia acabado a conversa.

Freen saiu da mansão sentindo que havia feito a pior escolha, pensar que poderia convencer seu avô a vê-la como sua neta e humana ao invés de uma moeda de troca.

- Eu sou tão idiota... – O caminho a sua frente estava todo borrado pelas lágrimas.

Entrou no carro e deu partida para sair dali da forma mais imprudente possível. Freen sequer enxergava o caminho a sua frente com coerência, cruzava as ruas de Bangkok como se fosse uma pista de fórmula 1.

Batidas no volante da porsche fizeram a buzina soar como se estivesse apressada mas era apenas uma forma de amenizar o sentimento de angústia. Os hematomas nos pulsos ficaram visíveis e dolorosos.

Não queria encontrar Becky agora, decidiu parar em alguma lugar para afogar suas mágoas. Sequer percebeu quando estacionou em frente a um pequeno bar no centro. Sabia que não era hora mas sua mente pedia por algo que a fizesse esquecer aquele diálogo.

~

- Responda Bec. – Heidi insistiu ainda com a mão firme no braço da mais nova.

- Bom, se for ou não, isso diz respeito apenas a mim, certo? Não acho que tenho obrigação de contar. – Becky falou se desvencilhando da mais velha que apertou os lábios em contenção.

- Por que não me diz logo? Eu mereço não acha? Fui sincera com você todo esse tempo e me abri para no fim de tudo você me trocar por ela? – Heidi questionava desacreditada.

- Ok, é a verdade que você quer? Eu não sinto nada por você, Heidi, além de carinho, que até mesmo está desgasto por causa dessa sua insistência ridícula. – Cruzou os braços com uma expressão aborrecida. – Por sinal, estou arrependida de ter deixado chegar a esse ponto. Reconheço que a culpa foi minha por ter me deixado cair em sua insistência e ter ficado com você por um tempo, não deveria.

- Você está me magoando com isso. -  A mulher tinha a expressão dolorosa.

- Não é minha intensão mas você não está me dando outra escolha e não. – Rebecca a olhou olhos fixamente. – Não estou namorando com Freen, mas pretendo.

That British Woman °Freenbecky° Onde histórias criam vida. Descubra agora