Narrador Pov
Freen mantinha-se deitada sobre o colo de Nam, com os olhos pesarosos enquanto recebia o carinho suave em seus cabelos.
Havia contado o que que aconteceu entre as duas e a mulher ouvia surpresa, sem entender como que haviam chegado naquela situação depois do passo gigantesco que deram.
- Por Deus, Freen! Você também não colabora. – Suspirou. – Como você a beija e depois vai inventar uma desculpa dessas tão ruim? Ela teve o direito de sair aborrecida com você.
- Eu, eu não sabia o que fazer e de qualquer forma eu não disse algo errado. Nós não podemos fazer esse tipo de coisa. Sou comprometida e minha família jamais pode sequer imaginar algo assim, você já sabe bem.
- Certo, então vá até ela e explique isso, deixe as coisas claras entre vocês. Não pode acontecer nada mais e vocês ainda podem ser amigas. Vida que segue. – Nam suspirou mais uma vez. Aparentemente a operação havia falhado.
- Não... – A mais nova escondeu o rosto com as mãos. – Eu não quero que ela vá completamente. Quero que ela fique aqui na Tailândia, quero que ela me beije novamente.
A mulher agora direcionava os castanhos furiosos para a amiga.
- Você só pode estar brincando, Sarocha. Me diga que isso é alguma brincadeira que você está fazendo e não tem graça alguma.
- É real, eu gostei do que aconteceu ontem, gostei muito, senti coisas que eu nunca havia sentido antes. – Lembrou do frio na barriga que sentiu ao tocar os lábios nos dela.
- Então decida de uma vez o que você quer, cretina! Se quer namorar e casar com Heng, então não pode ter Becky. Ela jamais vai aceitar ser sua amante, e se ela aceitasse eu mesmo daria uma boa lição nela para que aprendesse a se valorizar.
- Heng está fora de qualquer plano em minha vida. Ele é apenas um enfeite nessa droga de laço entre famílias, mas meus avós são o problema. Eu não sei o que poderia acontecer se algo assim chegasse até eles.
Nam suspirou sorrindo. Freen mesmo que de seu jeito, estava começando a compreender o que sentia.
- Do que está rindo? – Freen questionou analisando.
- Você antes achou que poderia sentir inveja dela. Ela precisou enfiar a língua goela abaixo em você, para que entendesse que é paixão.
- Ah! Você é tão inapropriada. – Levantou a cabeça do colo da mulher. – E eu não estou apaixonada. – Freen falava sem muita convicção.
- Ah não?! E o que é então?
- E-eu não sei, mas não é paixão.
Nam a olhava atenta antes de levantar da cama e caminhar até a pequena mesa onde estava o notebook da mulher. O pegou e abriu em uma das páginas do Google e logo colocou de frente para a mulher que olhava curiosa.
- Quiz sobre sentimentos. Amor, paixão ou carência? Que raios é isso? – Freen fez uma careta.
- Vamos, faça. É um bom passo para encontrarmos a resposta que queremos.
- Eu não vou fazer isso!
- Faça ou não vou mais te ajudar a resolver essa trapalhada que você causou. – Nam falou ameaçadora e Freen suspirou vencida.
Eram 10 perguntas, simples, que avaliavam as reações e sentimentos que a pessoa causavam a quem estava respondendo as questões.
Freen suspirou antes de responder.
- Não vai dar certo se você mentir, seja sincera em tudo que vai escolher. – Falou observando a mais nova indecisa.
“AMOR! 100% amor. Você está extremamente apaixonado(a) por essa pessoa e essa paixão já beira os limites da loucura. Vá até essa pessoa e peça ela em casamento agora!”
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That British Woman °Freenbecky°
RomanceFreen Sarocha é filha de uma das famílias mais influentes da Tailândia. Desde sempre obedeceu os costumes e acatou fielmente tudo o que lhe foi imposto, inclusive um relacionamento arranjado de negócios, em plenos tempos atuais. Mas o brilho daquele...