Narrador Pov.
Becky cruzou a porta do restaurante tendo o olhar de alguns curiosos e funcionários mas não se importou. Estava tão quebrada neste momento que o julgamento alheio seria a última coisa a lhe afetar.
Não ia chorar, não queria chorar, não queria derramar mais lágrimas por causa de ninguém.
- Becky! – Ouviu a voz familiar lhe chamar mas ignorou.
Parou no estacionamento e caçou, um pouco trêmula, as chaves do carro na bolsa.
Sentiu o toque em seu braço.
- Por favor, não faça isso comigo, precisa ouvir o que tenho a dizer. – Freen implorou com a voz embargada e lágrimas nos olhos.
- Eu não quero te ouvir, por favor, não me procure mais. – Não era a voz doce que Freen costumava ouvir.
A mais velha sentiu seu coração apertar e a falta de ar lhe atacar bruscamente. Passou a respirar com dificuldade mas Becky não percebeu por estar cega pelo rancor.
- Aqui. – Retirou o anel dourado que Freen havia lhe dado em seu aniversário. – Isso não me pertence mais.
Freen olhou para a peça ali em sua mão ainda incrédula, de cenhos franzidos. Tudo de repente começou a desmoronar?
Voltou a procurar a chave na bolsa e a puxou, deixando cair umas duas vezes antes de conseguir abrir a porta do veículo e entrar.
Freen colocava a mão no peito e apertava o tecido tentando controlar a respiração.
O restante da gang apareceu na porta do restaurante e foram apressadas até Freen que ainda estava parada no estacionamento observando Becky dar a volta para sair de lá.
- Freen! Calma, vamos para casa. Resolveremos isso depois... – Noey se aproximou a tocando no ombro e franziu o cenho. – Nam! Ela não está bem.
A mais velha se aproximou e virou Freen para si.
- Freen? – A olhou preocupada. – O que houve? Becky te fez algo? – Questionou colocando mão na testa da mulher. Seu coração palpitava frenético.
- Acho que ela está tendo uma crise de ansiedade, temos que levá-la agora. – Bai falou séria.
- Vamos levá-la para minha casa. – Noey avisou e todas concordaram.
Bai foi na frente em seu próprio carro e Noey levaria Irin até seu apartamento para ver como Becky estava e logo também iria para casa. Nam pegou as chaves de Noey e ajudou Freen a ir até a porsche prata para levá-la.
- Freen, me escuta, precisa respirar e se acalmar. – Falou ajudando a amiga a senta no banco do carona. – Vai ficar tudo bem, ok? Respira um pouco. Inspira e respira.
A mulher ao lado que suava e tremia de ansiedade assentiu e tentou fazer o que Nam havia mandado.
Nam apertou a mão dela suavemente para demonstrar que tudo ficaria bem. Demorou cerca de 20 minutos para estar estacionando na casa de Noey. Como a amiga mora sozinha, não teve problema em entrar com Freen e ajudá-la a sentar-se no sofá.
- Certo, venha e sente-se, tudo vai ficar bem. – Nam sentou-se ao lado da amiga e a abraçou apertado-a. – Daqui há pouco as meninas estarão chegando aqui também.
- Nam, ela nem me ouviu... Ela me olhou tão decepcionada...
- Eii, xiu... Está tudo bem, outra hora falaremos disso, certo? – A mais nova assentiu.
Freen pela primeira vez conseguiu desabar em lágrimas enquanto Nam a consolava. Se abraçou a mulher e fechou os olhos deixando as lágrimas levarem a angustia que sentia naquele momento. Aos pouco foi se acalmando e toda a sensação começou a amenizar enquanto ouvia as palavras positivas de Nam.
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That British Woman °Freenbecky°
RomanceFreen Sarocha é filha de uma das famílias mais influentes da Tailândia. Desde sempre obedeceu os costumes e acatou fielmente tudo o que lhe foi imposto, inclusive um relacionamento arranjado de negócios, em plenos tempos atuais. Mas o brilho daquele...