Ela abriu a porta para mim e fechou assim que eu botei os pés para fora. Ali eu escutei ela chorar um pouco mais alto ainda que esteja abafado por causa da sala fechada, mas não me aguentei e derramei uma lágrima. Parecia está me separando da pessoa que eu mais amava no mundo.
Ao fim do dia, fui para o meu apartamento terminar de arrumar algumas coisas. Olho no meu telefone e está a foto e o nome da Simone. Atendi esperançosa achando que era ela, desde que era a Mafê. Conversei com ela enquanto eu arrumava minhas roupas e dormimos em ligação.
— × —
SIMONE
O único que eu não queria era ter que voltar para a casa da mamãe, mas como fazia semanas que Fernanda e eu estávamos nos virando em um hotel e meu dinheiro não é papel, decidi arrumar minhas coisas e ir para a casa da mamãe.
"Mamãe" soa tão infantil, né? Mas eu não estou nem aí, gosto de chamar a minha mãe assim.
A casa da dona Fairte é lotada de netos e filhos, sempre foi, mas ultimamente anda vago. Descobri que mamãe simplesmente transferiu mais de noventa porcento dos bens para Maria Fernanda. Ela literalmente deixou o resto da família com uns mil reais cada um e Maria com um punhado de milhões na conta. Eu receberia os mil, inclusive.
Maria sempre foi a mais próxima de mamãe, gostava muito dela e é extremamente apaixonada pelas plantinhas da dona Fairte, ou seja, era amiga fiel da mamãe.
Simone: — Mamãe?
Entrei na casa e lá estava a dona Fairte com seus óculos quadrados pequenos.
Fairte: — Simone? O que aconteceu para você trazer a Maria Fernanda a essa hora da manhã e cheia de coisas?
Fernanda: — Vovó! — correu em direção a mamãe.
Fairte: — Oi minha princesinha linda! — Encheu Mafê de beijos.
Simone: — Podemos ficar aqui? É até eu achar uma casa.
Fairte: — Calma…
Simone: — Eu explico depois.
Fiquei com receio de falar na frente da Mafê, apesar de que ela já sabia, mas quis evitar falar sobre.
Fairte: — Guarda as coisas dela no quartinho dela, depois você vem falar comigo.
Maria subiu comigo e eu arrumei as coisinhas dela no quarto que ela tinha na casa da vó. Ela literalmente era a preferida, nenhum neto chegou a ter um quarto só dele mesmo morando aqui.
Simone: — Você é privilegiada mesmo, sabia? — sorri.
Fernanda: — Por que?
Simone: — Nenhum neto chegou a usufruir um quarto dessa casa como você usufrui.
Ela ficou confusa, não entendeu muito bem o que eu havia dito.
Simone: — Você tem um quarto só seu aqui e nenhum neto chegou a ter.
Fernanda: — O que isso quer dizer?
Simone: — Você é a preferida.
Pra que eu fui abrir minha boca de sacola…
Fernanda ficou tão feliz que subiu em cima da cama e começou a pular.Simone: — Ei, ei, ei! Pular não, moça…
Fernanda: — Ora, por que não?
Simone: — Se você quebrar essa cama, a sua avó quebra o resto dela na nossa cabeça
Ela não aguentou e começou a rir.
Guardamos as coisas e me deitei com ela na cama, visando descansar com ela.Fernanda: — A senhora vai se separar do Eduardo?

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OPS! Me apaixonei. (Simoraya)
Fanfiction#1 em THRONICKE 🥇 [19/04/23] #1 em SIMONE 🥇 [10/05/23] #1 em FICGAY 🥇[07/08/23] #2 em SENADO 🥈 [06/05/23] [SUJEITO A ALTERAÇÃO] Professora e aluna, uma relação entre amigas, apenas... ou não. Soraya Vieira Thronicke passa na universidade pelo cu...