Capítulo 34

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Me senti acolhida, feliz e muito aconchegada.
Pela primeira vez eu senti o que é amor, e nos braços de uma mulher.
A mulher que me valoriza, que me ama, que me enche de carinho. Beijos, abraços e muitas risadas. Eu amo essa mulher de cabelos loiros e com a boquinha curvada para baixo.

— × —

SORAYA

Arthur, Simone e eu estávamos sentados à uma mesa redonda da varanda da sala. A conversa envolvia o Eduardo Rocha.

Arthur: — Simone, fui eu que espanquei ele, não foi você.

Simone: — Você não está entendendo, Arthur…

Eu estava, mas ficarei caladinha.

Arthur: — Você vai para uma delegacia comigo e vai abrir um b.o contra ele, entendeu?

Arthur parece um irmão mais velho da Simone, às vezes eu tenho medo dele porque ele é grandão, parece um armário, mas é bonito e engraçado, então o medo passa.

Arthur: — Loirinha, me ajude, por favor.

Soraya: — Eu adoraria concordar com você, mas acho que ela tem mais razão se eu for analisar quem sairia mal na história.

Simone: — Se eu abrir uma denúncia contra ele, provavelmente ele vai querer te acusar de agressão. E aí?

Arthur: — Ele vai pagar pelo que ele fez, você vai ganhar medida protetiva e eu vou pagar pelos meus atos, nada mais justo.

Homem é meio burrinho mesmo, né? Como se medida protetiva realmente funcionasse no Brasil e como o Eduardo não tivesse influência dentro da cadeia. Ah, Ele literalmente está cagando para o que acontecer com ele?

Simone: — Não vamos mais falar sobre isso. Eu não quero que você seja detido e não quero mais me envolver em nada que ele esteja metido. Estamos entendidos?

Eu e Arthur assentimos e conversamos um pouco mais. Ele simplesmente quase matou o Eduardo.

Simone: — Como o broxa ficou?

Arthur: — Eu queria matar ele, né? Mas eu não pude.

Soraya: — Ele te bateu?

Arthur: — Aquele free willy lá tem coragem de bater em homem, só se faz grande com mulher e criança. Cadê a Maria?

Eu não aguentei e comecei a rir.

Simone: — Ela está brincando no quarto ou dormindo — diz segurando a risada

Arthur: — O que vocês fazem nessa casa, hein? Não tem um baralho, uma cachaça, umas criança atentada pra dar uns gritinho e pedir pra ficar quieto…

Simone: — A gente aproveita o espelho no teto do quarto.

Às vezes eu fico meio sem graça com a Simone.

Arthur: — A loirinha aguenta? — Olhou para mim.

Soraya: — Não.

Arthur: — Te entendo, te entendo — deu dois tapinhas nas minhas costas.

Simone começou a rir e eu fiquei sem entender nada por uns minutos até entender que ele comeu a Simone.
Certo, eu sou amiga do homem que já viu minha namorada nua.

Simone: — A culpa não é minha se vocês são fraquinhos.

Arthur: — Porra? mas aí você tá de sacanagem!

Soraya: — Não tem uma pessoa no mundo que aguente umas três horas seguidas sem…

Nós dois nos olhamos.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora