Capítulo 78

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Soraya: — Vai dormir nós três hoje, tá?

Fernanda: — Tá! — sorriu.

Simone: — Tá mal acostumada, né? — olhei para a Fernanda com um sorrisinho.

Fernanda: — Gostasse? — mandou um beijinho no ombro.

Ela aprendeu umas gírias e maneiras de falar com o Arthur, acho fofo.

Nos deitamos na cama, contamos umas histórias de vida, descobri que a toco de amarrar jegue caiu dentro de um buraco quando mais nova… haha! Muito bom.

— × —

SORAYA

Simone e eu estamos brigadas.
O motivo pelo qual estamos há 2 dias sem nos falar? Simples, ela usou meu carro para ir à faculdade e fez o favor e bater no meio fio.
ALÉM DISSO, ELA NÃO QUIS DORMIR DE CONCHINHA COMIGO E GUARDEI MÁGOA MESMO.

Estou com a Madu em meus braços enquanto desço as escadas.

Fernanda: — Bom dia, mãe — olhou para mim.

Soraya: — Bom dia, filha — beijei a bochecha dela, olhei para a Simone e fiquei calada.

Fiz uma carinha de deboche, sentei na cadeira e deixei a Madu na cadeirinha de lanchar que estava ao meu lado.

Fernanda: — Essa briguinha de vocês vai durar até quando?

Simone: — Do que você está falando?

Fernanda: — Faz uns dois dias que vocês duas estão estranhas uma com a outra.

Soraya: — Não estamos estranhas.

Fernanda: — Vocês não estão dormindo juntas e sequer se falam pela manhã. Ao menos me digam o que está acontecendo?

Simone: — Amor, isso não te convém, tá?

Fernanda: — Por que não?

Soraya: — Você não entenderia o sentimento de uma pessoa bater seu carro em um meio fio.

Simone: — Soraya, eu já te disse que foi sem querer e seu carro é baixo! Eu arrumo aquela lata velha!

Soraya: — Lata velha? Você usufrui do meu carro e chama ele assim?

Simone: — Você ainda não está surda-

Fernanda: — Chega! — se estressou elevando o volume da voz — Por favor! — fez cara de desespero — se for para brigar, ao menos façam isso sem que eu esteja presente, por favor!

Simone: — Suba para seu quarto, Maria.

Ela pegou um pão de queijo do seu prato e subiu triste. Simone olhou para mim e arqueou as sobrancelhas.

Simone: — Está vendo?

Soraya: — Ah, agora a culpa é minha por você fazer o favor de quebrar meu carro?

Simone: — Você está com raiva por uma merda de carro quebrado? Tanto eu, quanto você, temos condições para comprar 10 carros de uma vez e você está chorando por causa de uma batidinha? — Comeu um pedaço de pão com ovo.

Soraya: — Esse carro foi presente do meu pai, Simone. Ele tem um valor sentimental para mim! — Coloquei os meus dedos apontando em direção ao meu colo e fechei meu corpo — Você, aparentemente, não tem sequer um pingo de consideração emocional.

Simone: — Eu não destruí seu carro, foi um arranhão e tem como consertar, simples! Você está fazendo uma tempestade em um copo vazio de água.

Soraya: — Mas ele não vai ser o mesmo de antes. E se meu pai ver e perguntar? Eu acho que ele não gostaria de saber o que houve com um presente que ele deu.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora