Capítulo 41

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Arthur: — Um ano e dois meses, né?

Renata: — A partir de agora.

Ela começou a fazer umas coisas, desligar programa e etc, coisas que eu não faço a mínima idéia de como ela faz, mas é muito louco.

— × —

SIMONE

Acabei descobrindo que faltam menos de três meses para sair desse inferno, finalmente!
A princípio, seria 6 anos de pena, mas eu não sei como conseguiram diminuir para um ano e dois meses.

Conversei com a diretora e, por bom comportamento, ficaria por oito meses. Se passaram cinco e… hoje é o aniversário da Maria Fernanda.

— Simone? Visita íntima.

Soraya pediu uma visita íntima, mas como eu vou explicar para ela que eu não sinto o mínimo interesse de transar dentro desse muquifo?

Soraya: — Como você está? — Me abraçou.

Simone: — Triste. Hoje é o aniversário da Maria, como ela está? — Beijei seus lábios.

Soraya: — Ela vive perguntando de você. Ah, e a Maria, assim como a dona Fairte, escreveram cartas e eu trouxe. Estão aqui.

Eu peguei os papéis e dei de cara com uma carta da Maria Fernanda.

De: Maria Fernanda Tebet
Para: Simone Nassar Tebet
Data: — 23/03

  Mãe, escrevo-lhe para dizer que estou com saudades. Assim como em todas as cartas enviadas para você, quero receber respostas de futuras cartas que a senhora possa escrever e mandar pela tia sol.
Quero pedir sua benção, mãe. Hoje completo 10 anos e, meu maior desejo seria tê-la ao meu lado, comemorando junto a mim.
  Pedi para a tia sol ir um pouco mais tarde, pois queria escrever para você, mãe. Espero, em breve, ter seu afeto novamente, poder te chamar de mãe e ser correspondida com beijos e abraços, como sempre fizestes comigo. Te amo muito, tenho muito orgulho de ser sua filha, mãe. Obrigada por tudo.

( P.S.: Posso visitá-la? Quero matar a saudade. Sei que não quer que eu vá e os motivos pelos quais levam a senhora a odiar essa ideia, mas quero vê-la.)

Com amor, Maria Fernanda. — Dizia na carta.

Eu não segurei minhas lágrimas e senti as gotas de tristeza escorrerem pelas minhas bochechas, a dor de ter que passar esse dia longe dela era o que mais me machucava.
Já bastava ter passado o meu aniversário nesse inferno de lugar, ainda tenho que ficar distante da minha menina.

Soraya: — Vem cá — Me abraçou — É difícil, eu sei.

Simone: — Diga a ela que infelizmente não vou poder dar respostas em relação à pergunta.

Soraya: — Simone…

Simone: — Eu não quero ela nesse lugar.

Soraya: — Eu sei que o que você mais quer é ver ela e, ela pode vir, você pode vê-la e dar um abraço. Atenda o pedido dela, por favor?

Eu só queria passar o dia com a Maria Fernanda, só eu e ela, viajando para santos ou para qualquer litoral, tomando banho de mar com a minha filha, tomando sorvete em alguma sorveteria que ela goste, andando em pontos turísticos… eu gostaria de comemorar com ela fora dessa prisão, mas não posso.

Simone: — O Arthur veio com você?

Soraya: — Não, ele vai vir mais tarde.

Simone: — Peça para ele trazer ela.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora