Capítulo 36

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Simone: — Quem é fraca?

Soraya: — Você é fraca, só dá uma de bruta quando é a ativa.

Ficamos abraçadas, trocamos algumas palavras e fui desbloqueando algumas coisas das quais eu ainda não sabia sobre ela.
A cor favorita dela é roxo.
E eu amo roxo.

— × —

SORAYA

A pior parte da sensação do medo é sentir medo.

Soraya: — E agora?

Simone: — Ganhar ele não ganha.

Arthur: — Eu não sei.

Simone recebeu uma carta, não sei exatamente se é uma intimação, mas era o Eduardo entrando com o processo pela guarda da Maria Fernanda.

Simone: — O motivo pelo meu divórcio foi bem claro, Arthur.

Arthur: — Ele alegou abandono de lar.

Simone: — Eu abandonei minha casa com a minha filha nos braços? — Se levantou do sofá totalmente nervosa — E quanto ao maldito dia do julgamento em que ele mentiu?

Soraya: — Simone, calma…

Arthur: — Seu divórcio foi concedido por ciúmes, Simone. Ele que inventou isso.

Eu nunca vi a Simone tão nervosa como eu estou vendo.

Simone: — Eu não vou perder a guarda da minha filha para ele, Arthur. Eu não vou.

Arthur: — Você não vai — pegou o telefone do bolso e discou um número.

Simone: — O que foi? — Olhou para Arthur.

Arthur: — Calma — mostrou a palma da mão, pedindo paciência e silêncio — Bom dia, gostaria de falar com a Dra Hadassa, por favor?

Ele começou a conversar com uma mulher e colocou no viva voz.
Explicou a situação e ela começou a responder.

Hadassa: — Então Arthur, a situação não é a mais complicada que já peguei e consigo resolver sim o problema da doutora Tebet, mas eu preciso de mais detalhes e conhecer também a de menor envolvida, certo?

Arthur: — Certo — Entrou no bloco de notas do telefone — Você ainda está no mesmo residencial? Ou mudou de escritório?

Hadassa: — Mudei de endereço, Fernandes. Tem como anotar?

Arthur: — Tem, pode dizer.

Ela começou a falar o endereço e não pensamos duas vezes, fomos pegar a Maria na escola, três loucos para bater no Eduardo até a morte e no final ia os três presos e uma de menor na casa de um dos avós.

Fernanda: — O que aconteceu?

Simone: — Você vai entender, meu benzinho — Abraçou Maria Fernanda e beijou o topo da cabeça de sua filha.

Se para a Maria estava tudo confuso, imagina para mim que se meteu nessa confusão sem saber nem como vai, nem como vem?

Chegamos em um residencial de escritórios muito bem construído e aparentemente de rico.

Arthur: — Dra. Hadassa Castro se encontra? — falou com a recepcionista.

— Doutor Fernandes?

Arthur: — Isso.

— Pode subir.

Subimos pelo elevador e adentramos em uma sala espaçosa e muito chique.

Hadassa: — Bom dia, Arthur. Creio que essa seja a doutora Tebet e essa princesa seja a menor que estávamos falando, né?

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora