Capítulo 48

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Peguei o controle e liguei o ar condicionado, me enrolei com ela e acariciei seu rostinho lindo.
Os olhos fechados. Os cílios grandinhos. A boquinha caidinha... eu sou apaixonada por esses detalhes.
Eu prendo meu olhos na boquinha caidinha e no narizinho quadradinho lindo, poderia beijá-la incansavelmente.

Apesar de ser mais séria e difícil de demonstrar certos sentimentos, no fundo, no fundo, eu sou igual manteiga, me derreto todinha por ela.

- × -

SORAYA

Qual a probabilidade da Simone e eu ganharmos na loteria?
Ela e eu viemos pagar umas coisas na lotérica e, meu Deus, essa doida ama um jogo de azar.

Simone: - Escolhe três números de 1 a 60.

Soraya: - Tá... calma.

Eu sou péssima em matemática e eu tenho certeza que se eu soubesse aqueles assuntos do terceiro ano do médio, eu iria acertar ao menos os meus três números. Foda-se, vou chutar.

Soraya: - 2, 12 e 44.

Simone: - Sapatooooona! - Sorriu e olhou para mim.

Soraya: - Por que?

Simone: - 44.

Ela escolheu outros três números e pagou o jogo. Saímos e fomos ao mercado.
Eu achava que a minha vida de casada seria mais divertida, mas eu... CACHAÇA!

Soraya: - Pode comprar bebida?

Simone: - Desde que beba consciente, pode.

Fiquei toda felizinha, amo beber, é de família.

Soraya: - A gente vai comprar o que no mercado?

Simone: - Coisas que estão faltando em casa e eu esqueci de fazer a lista, resumidamente, nosso almoço.

Meu gosto musical é bem mais variado que o da sisa, e eu sou o terror dela em relação a isso, pois meu docinho de coco não gosta de certos estilos musicais.
Eu taco o foda-se em tudo na minha vida, não seria diferente com ela nas minhas músicas.
Nove da manhã e o som dela tocando zezo - decida.

Simone: - Que porra é essa? - fez cara de confusa.

Soraya: - Música de qualidade.

Simone: - Isso é obra da Renata e do Rômulo - mudou a música.

Soraya: - Qualé? - dei de ombros.

Simone: - Se mudar eu te expulso do carro.

Soraya: - Você faria isso com uma anã de jardim?

Simone: - Jamais, mas se me encher o saco, sim.

Soraya: - Odeio avatar.

Começamos a rir e fomos para o mercado, compramos as coisas e voltamos para casa.
Adivinha quem estava lá? Pois bem.

Arthur: - Queridas! Quanto tempo!

Simone: - Eu não sei se você sabe, mas essa casa é minha e de minha esposa, então assim... - deu um sorrisinho engraçadinho.

Arthur: - Linda, Soraya! - me abraçou.

Soraya: - Bebeu?

Eu acho que ele está bêbado, só acho.

Simone: - Ei, ei, ei! Sai - tirou ele de perto de mim -, arrume uma loira pra você, essa é minha.

Arthur: - Antes que pensem, eu não estou bêbado, só estou alegre.

Simone: - O antidepressivo está fazendo efeito?

Apesar de invadir nossa casa, ele é gente boa, ele é.
O mais curioso é como ele entra nessa casa sem ter a chave.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora