Capítulo 42

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Finalmente eu vou abraçar minha filha por mais de 30 minutos, poder me deitar com a Soraya bem coladinha, comer a comida da mamãe e pedir para repetir…

A cobertura, assim como meu apartamento, foi vendido por um preço muito bom, comprei um outro de tamanho interessante e semelhante a cobertura que comprei do Arthur, mas bem mais feliz e com uma energia incrível.

— × —

SORAYA

AJAJWJWJWJWHHEJWJWJW EU VOU VER MINHA MORENA AMANHÃ! AAAAAAAAAAAAAAAAA!

Soraya: — Dona Fafá, a senhora prefere qual cor?

Eu estava sem fazer nada há dias na casa dessa humilde senhora, então eu estava pagando de empregada para ter um passatempo interessante. Conversar sobre plantas com minha sogra não é ruim, mas ela passa mais tempo conversando com as plantas do que sobre elas comigo.

Fairte: — Menina, deixa isso pra lá! — sorriu — aqui você está como convidada.

Soraya: — Mas eu tô morando aqui, praticamente.

Quando a Simone foi presa, ela me pediu para cuidar da Maria Fernanda junto com a dona Fairte.
O que aconteceu foi praticamente a minha adoção pela dona Fafá, ela me pediu para passar a semana que a neta não está com ela para não deixá-la sozinha, então eu trouxe umas coisas minhas para cá e tô morando aqui há oito meses.

Na semana que a Maria Fernanda está aqui, eu só venho por algumas horas e volto para o meu apartamento, mas na semana que ela está com os avós paternos, eu durmo aqui.

Fairte: — Mas não quero você encarregada nessas coisas, tá? — Se aproximou e repousou as mãos nos meus bíceps.

Dona Fairte não tem uma altura muito considerável, ainda sim é maior que eu. Que humilhação.
Ela teve ter uns 1,62 por aí, Simone ainda é uma gigante perto dela.

Soraya: — Fafá, eu não tenho nada pra fazer, estou de bobeira… o que custa eu ajudar?

Fairte: — Tem a mocinha que me ajuda nessas coisas em três dias na semana. Vai arrumar outra coisa pra fazer que seja mais interessante, vai! — sorriu.

Ela também é meio bruta, igual a Simone. Tem a quem puxar.
Apesar desse gênio meio forte, ela nunca me faltou com respeito ou me menosprezou, sempre tentou ser o mais educada possível.

Soraya: — Posso ajudar nas plantinhas? — Sorri.

Fairte: — Jamais! Só Maria Fernanda e eu sabemos como lidar com elas.

Soraya: — Eu já tive muitas plantas na vida…

Fairte: — Quais?

Soraya: — Sou louca por rosas do deserto e orquídeas, tive três do deserto, mas infelizmente minha mãe fez besteirinhas e conseguiu matar as coitadas.

Fairte: — Tadinhas… vem, vou te mostrar as que eu tenho. Quais eram as cores que você tinha? — andou até o quintal.

Soraya: — Tive a rosa, tradicional, consegui uma vermelha e a preta.

Fiz esse feito, roubei as sementes de um tio meu.

Fairte: — Que? — ficou surpresa — A preta?

Soraya: — Essas são bem difíceis, roubei as sementes de um tio meu.

Fairte: — Me-ni-na! Quero essas sementes.

Soraya: — Haha! Vou tentar conseguir para a senhora, dona Fafá.

Eu fui proibida de chamá-la de Fairte, só de Fafá. O problema é que o "dona" não combina muito com o "Fafá".

Fairte: — Essa daqui é o xodó da Maria Fernanda.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora