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pov. bia campinas, são paulo
— você. tem. sorte. por. tá. de. folga. hoje - dou um selinho no piquerez a cada palavra que solto.
— claro né, malukeirinha - ele envolve os braços no meu corpo abraçando minha cintura e fazendo a gente rolar na cama, fica por cima de mim - sou campeão porra
— em vários sentidos- sorrio e olho pra boca dele, sinto sua perna encaixada entre minha pernas.
— não consigo resistir a você, bibia - ele beija meu pescoço, sinto suas mãos travarem na minha cintura, arqueei as costas enquanto tava com um sorriso bobo no rosto.
meu celular começa a tocar, ele tava na mesinha do lado da cama, tento me esticar, mas o peso do piquerez por cima do meu corpo não deixa.
— joaco - olho pra ele com desdém e me viro, conseguindo ficar por cima dele, me estiquei até o celular e atendi a chamada, coloquei o indicador na boca do piquerez indicado que ele ficasse calado.
— malukeirinha - a voz dele saiu abafada por conta do meu dedo.
— oi guto - arregalo os olhos pro piquerez e ele faz uma carinha cheia de malícia, fudido, falo pra ele sem soltar o som da palavra.
— eu liguei pra saber como estão as coisas, não liguei muito cedo não né? - o guto pergunta com um lamento na voz.
— faz um tempinho que eu já estou acordada - cubro os traços da tatuagem do joaco com o dedo do meio - e você, guto? o danilo?
— o brutamontes tá se acostumando com as coisas aqui já - ele solta uma risada - a analu não quer me atender de jeito nenhum.
— é birra de adolescente homossexual - arregalo os olhos depois que o piquerez apertou minhas coxas e deu um sorriso malvado - eles.. são os piores - beslico o joaco e ele faz uma careta e solta um grunhido.
sinto sua mão subindo por debaixo do meu short, mordo o lábio inferior e olhei pra ele "vou te matar".
— bom, eu vou desligar e tentar falar com a analu - certeza que o guto balançou a cabeça, desapontado. — tchau guto, te amo - desligo.
— você é muito traiçoeiro, olha só - passo a mão no canto da boca dele - seu veneno escorrendo - semicerro os olhos e balanço a cabeça.
— é meu jeitinho - ele fala e eu me inclino encarando ele - afinal, você me ensinou certinho, malukeirinha - ele segura meu queixo e me beija.
———
fui pra casa do papai, resolver alguns assuntos, pegar as contas de luz e água, pra pagar, antes que o papai desistisse da ideia.
— você sabe que ele não gosta - a analu fala sentada na mesa enquanto come um sanduíche.
— é, mas ele não tem querer - abaixo minha cabeça pra olhar de cima do óculos pra ela.
