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pov. joaco
são paulo, são paulo

esmurrei o saco do boxe tão forte, que ele acabou caindo, balancei o punho resmungando por conta do impacto.

— porra - solto uns xingamentos em espanhol.

5 dias, 5 dias foram o suficiente pra eu explodir. sem o toque, sem a respiração dela no meu pescoço, sem ouvir seu riso, sem tocar uma palavra.

— porque a gente nunca conversa? - falo olhando pra parede - sempre é assim, malukerinha, alguma merda aparece e a gente se fode - tiro as faixas que estavam na minha mão.

ver ela sendo tocada, beijada, ainda mais pela doarda. ela deveria ter me contado, fiquei sabendo pelo otto o que a eduarda disse a bia naquele banheiro e nossa, fervilhei.

o boxe deveria me distrair, principalmente do futebol, mas não tá fazendo efeito. o único jeito seria...

meu pensamento é interrompido quando meu celular começa tocar. veiga.

o que foi? - meus olhos se arregalam - ela fez o que? - minha paciência chegou no ápice.

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são paulo

você não vai apontar o dedo na minha cara - doarda olha pra mim.

— quem disse que eu vou te apontar o dedo? - a analu fala - você é muito baixa, você não sabe respeitar limites e nem impor ele.

— você é a porra de uma pirralha, não sabe nem o que tá falando - a doarda faz cara de desdém.

fiquei parado observando, tentei procurar, mas nenhum sinal da bia.

— não sei? você é tão mal amada que chega a ser destruidora de lares, por favor - a analu cruza os braços e revira os olhos - você não engana ninguém com esse ruivo cor de vômito.

— não teve educação em casa não? - a doarda se vira de costas e faz um gesto com a mão - eu não vou discutir com uma criança.

era o momento certo.

— não, mas vai discutir comigo - dou um passo à frente e os olhares se voltam pra mim - porque? pra que fazer tudo isso?

porque? - ela balança a cabeça - você não merece ela, ela é tudo.. tudo de bom - ela engole seco.

— você não decide isso - cruzo os braços e me aproximo - eu te aconselho a ir embora, ninguém tá muito afim de ver seu rosto por aqui - aponto o queixo pra ninguém em específico, todos estavam sérios, o rony segurando a risada, mas sérios.

Meu Camisa 22 ! Joaco PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora