27.

4.3K 238 24
                                    

pov

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

pov. bia
escola de futebol palmeiras,
são paulo

eu te amo. sempre passava pela minha cabeça as palavras que eu disse ao joaquin, as que eu já queria dizer a muito tempo. temos trabalhado esse lance de conversar, e fizemos um acordo.

quando tiver ciúmes, quando se sentir incomodado, fazer uma nota mental e então conversar, nenhum de nós dois quer sentir aquelas coisas de novo.

eu já estava fazendo compras pra viagem a tokyo, adiantando alguns trabalhos, a última semana foi movimentada, não só pra mim, mas pro jonjoca e pro clube.

a uma semana conheci os pais dele e a irmã, e amei todos. o palmeiras conseguiu eliminar o são bernardo e estamos na semi-final, ituano agiu devagar, primeiro santos e depois corinthians.

derrubou os grandes, e agora seria derrubado.

a atmosfera no clube estava a mil, ansiedade, agitação, competitividade e instinto selvagem de vitória. eu pelo contrário, estava um poço de nervosismo.

— você nem vai pisar em campo, eloazinha - o rony olha pra mim enquanto devora o almoço.

— você acha mesmo que eu não vou sofrer por ser torcedora? - apoio as mãos na mesa e me inclino pra olhar pra ele, o piquerez impedia minha visão - se for para os pênaltis, eu desmaio - dei ênfase na última palavra.

me encosto de volta na cadeira e suspiro, a mão do piquerez levemente desliza pra minha coxa, um ato de conforto.

— relaxe, malukeirinha - ele me lança um sorriso e aperta a coxa devagar - você não vai precisar sofrer com pênaltis.

— isso é uma promessa de gol, mulinha? - o briga arqueia a sobrancelha.
— porque você não cala a boca? - o piquerez lança um olhar pra ele e o veiga solta uma risada.

seguro o riso. os dois sempre brigam por qualquer coisa, mas eu sei que é a forma de amar deles.

— quando vocês viajam? - coloco um pedaço de brócolis na boca e olho pro veiga.

— depois do jogo - ele apoia os cotovelos na mesa e juntas as mãos.
— vou te entregar minha camisa - olho pra ele - vai pedir pro vini e casemiro assinar - sorrio.

— não vou mesmo - ele balança a cabeça e levanta a sobrancelha.
— claro que vai - cruzo os braços.
— não vou não - ele vira o rosto.

— todo mundo sabe que você vai - o dudu revela um sorrisinho e toca o ombro dele no do veiga.

o veiga fica calado e eu dou um sorriso.

Meu Camisa 22 ! Joaco PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora