15- Em busca do desconhecido

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Após correrem por um bom tempo, os cinco haviam finalmente atravessado a floresta de Cosmo e chegado ao outro lado. Estavam exaustos e precisaram parar por conta da falta de ar. Já estavam longe o suficiente da área em que os guardas estavam presentes, mas não poderiam parar por ali.

Quando finalmente observaram onde estavam, os três irmãos se encantaram com o lugar: estavam de frente para um enorme campo de grama, com uma cachoeira desaguando bem na sua frente e uma cadeia de montanhas rodeava o local bem aos fundos da paisagem. Diferentemente da floresta onde moravam, aquele lado não possuíam tantas árvores e as que haviam ali, se encontravam distantes umas das outras. Olhando para trás, era possível ver um pouco do Palácio Lunar. Era uma vista agradável aos olhos e seria um ótimo lugar para outras ocasiões ao invés da que eles se encontravam.

— Precisamos descer e chegar até a linha do trem. É um pouco distante...— Disse Sophia, observando o seu mapa e olhando para o horizonte. — E pelo visto só atravessando a floresta do silêncio para chegar lá.

— Floresta do Silêncio? — Perguntaram Kisho, Lucas e Nakime ao mesmo tempo.

— É uma floresta como as outras, mas ela é um pouco mais complicada de se atravessar.—  Respondeu Heloisa.

— Porquê? — Sophia tirou o seus olhos do mapa e voltou a sua atenção para Heloisa.

— A floresta é onde fica o templo sagrado de Mayra, a mãe das águas. Além de possuir muitas criaturas que protegem o local, a quantidade de rios e cachoeiras que essa floresta possui é surreal...

— Não tendo guardas atrás de nós, já é um avanço... Enfim! — Sophia voltou sua atenção ao mapa. — A linha férrea mais próxima, se encontra depois dessa floresta...

— Espera, nós vamos fugir num trem? — perguntou Kisho, um pouco confuso.

— Sim! Algum problema? — Sophia perguntou sem tirar os olhos do mapa.

— Acho que não é a melhor ideia para uma fuga, já que tecnicamente somos... procurados. — Respondeu Kisho.

— Não vamos em um trem normal. Vamos pegar um trem de carga, que vai nos levar até a divisa de Cosmo com Eatonia... Lá é proibido a entrada de qualquer coisa que venha do reino lunar, sem autorização, por que o local pertence ao Reino Tecno.

Os três irmãos se olharam. Eles conheciam a princesa do Reino Tecno, por conta de diversos encontros que fizeram ao Reino Lunar. Aline, era a princesa do lugar.

Pelo que os três conheciam bem, ela e Lídia não se gostavam, mas por algum motivo a própria Aline já havia deixado claro (do jeitinho dela) que gostava dos três irmãos:

— O que foi? — perguntou Sophia ao perceber o olhar dos irmãos.

— Nós conhecemos a princesa de lá...— Os olhos de Sophia brilharam.

— Isso é sério? — Perguntou entusiasmada e recebeu a confirmação dos irmãos. — Ai meu Deus! Isso pode ser ótimo para nós e até mesmo para você Nakime! A tecnologia dela pode nos ajudar com as nossas pesquisas!

— Mas por que ela seria importante para mim?

— Com a tecnologia avançada de DNA que eles possuem, talvez ela possa descobrir o que é isso que existe dentro de você e até mesmo de onde você veio!

Nakime não tinha pensado por esse lado, mas não estava em condições de ficar analisando todas essas hipóteses. Realmente, Aline poderia os ajudar além de que não se importaria de os abrigar em seu reino, mas ela precisava arrumar um jeito de se comunicar com a garota primeiro, antes que as informações erradas chegassem a ela. Um feitiço de comunicação seria o mais útil no momento, mas Aline vivia ocupada. Tentaria algo no dia seguinte, pois a única coisa que queria no momento era tentar dormir um pouco.

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