25- Entendendo o Processo

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Após o susto, Nakime Levantou-se rapidamente e sem nem hesitar, começou a correr em direção a sua outra versão.

Ela começava a sentir o ódio correr por suas veias e nem sabia exatamente o por que, mas algo lhe dizia que sua Outra versão era um ponto chave para controlar o poder desconhecido.

Enquanto corria, a Outra versão lançou um golpe de magia em direção à Nakime, que desviou segundos antes de ser atingida. Nakime a perdeu de vista, mas seus sentidos lhe alertaram e ela percebeu que a Outra versão estava atrás de si e antes que sofresse um ataque, Nakime conseguiu ser mais rápida, desviando do golpe de sua outra versão e a prensando contra uma rocha:

— O que voce quer de mim? — Perguntou Nakime, segurando-a pelo pescoço, com o ódio nítido em seu olhar. Sua outra versão parecia se divertir com aquilo tudo, pois sorria debochadamente.

— Eu? Eu não quero nada de você! Mas acho que o contrário... Tem uma coisa muito importante em mim, que você deseja não é?

Nakime por poucos segundos se desestabilizou, deixando uma brecha suficiente para ser atacada no estômago e batendo contra uma árvore. Ela rapidamente recobrou a consciência e antes que fosse atingida por um soco da sua Outra versão, ela lançou sobre as mãos da criatura, o feitiço das correntes e a puxou com força para fazê-la trombar em um escombro de construção antiga. Surpreendentemente, a Outra versão começou a rir da situação:

— Você até que evoluiu desde nosso último encontro... — Nakime segurava as correntes invisíveis, apenas escutando a sua outra versão falar. — Mas vai precisar de muito mais do que isso para me derrotar...

E novamente, Nakime foi pega de surpresa, quando a sua Outra versão simplesmente queimou as correntes invisíveis. Aquilo não era possível com magia comum e muito menos com fogo. Havia algo de muito poderoso nessa magia e cada vez mais, Nakime se sentia tentada a controlar este poder.

Sua Outra versão, rapidamente se livrou das correntes e voltou a ir para cima de Nakime, que dessa vez já não sabia o que fazer e apenas se defendia dos milhares de golpes de sua Outra versão. No fim, Nakime novamente não foi capaz de derrotá-la e acabou sendo golpeada fortemente em sua face, perdendo as forças e se ajoelhando no chão:

— Eu esperava mais de você, sabia? Mas acho que nem você mesma espera alguma coisa sua... — Sua Outra versão olhava com desprezo para Nakime ajoelhada no chão, com o nariz sangrando e muitos ferimentos em seu corpo. — Até nosso próximo encontro...

E dito isso, ela desapareceu como se nunca estivesse ali antes. Todos os rastros de destruição, haviam desaparecido com sua ida e até mesmo os ferimentos de Nakime. Porém, ela não conseguia levantar. A capacidade que a sua Outra versão tinha de entrar na mente da garota, era surreal. Nakime se sentia impotente e novamente, frustrada.

Ela permanecia ajoelhada no meio da floresta, enquanto olhava a lua brilhante no céu. Não sabia decifrar exatamente o que ela deveria fazer para controlar esse poder, mas de uma coisa ela tinha certeza: precisava derrotar sua outra versão...

...


Mais um dia começava para os cinco jovens. Eles abriam os olhos lentamente enquanto se espreguiçavam e sentiam a leve brisa da manhã. Costumavam acordar pelas seis horas, para poderem caminhar o máximo que conseguissem durante o dia.

Enquanto se levantavam dos seus colchões, perceberam que Nakime já havia levantado e preparado a refeição. Ela deixou frutas e alguns cereais que eles ainda tinham, além de ter feito o café. Porém, não havia sinal da garota por ali. Seu colchão estava arrumado e suas roupas de dormir, dobradas encima dele:

Fragmentos do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora